Voltar à Página da edicao n. 406 de 2007-11-06
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Mestrados poderão ser leccionados em inglês

Os países que aderiram ao processo de Bolonha ponderam a hipótese de leccionar os mestrados em língua inglesa. Luciano de Almeida, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP) está contra a possibilidade. A ideia será discutida, em Dezembro, no Conselho Europeu de Educação

> Mário Matos
> David Baroa
> Margarida Alves

A possibilidade foi avançada na passada terça-feira, dia 6, por Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A ser aprovada, a medida irá impor a exclusividade do segundo ciclo de o ensino superior ser leccionado em inglês.

Este foi um dos pontos discutidos na conferência “Modernização das Universidades da Europa” que decorreu no dia seis deste mês, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, a propósito da presidência Portuguesa na União Europeia.

Segundo Mariano Gago, a medida foi levada às mesas de discussão pela grande separação que existe entre o primeiro e segundo ciclos do ensino superior e dada importância da língua inglesa face à tendência de internacionalização dos mestrados.

No entanto, esta proposta já foi criticada. Em entrevista ao DN, Luciano de Almeida, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP) mostrou a seu desagrado face à medida, explicando “ser favorável à realização de mestrados em várias línguas, mas nunca à adopção de uma única para todos”, acrescentando que “isso seria equivalente a fazer do inglês o idioma oficial da União Europeia”. Para aquele responsável, “os Estados devem defender a sua língua de origem”, concluindo que “países como a Itália, França, Espanha e a Alemanha nunca aceitariam” a imposição de mestrados leccionados exclusivamente em inglês.

Em resposta a esta posição, fonte do gabinete do ministro adiantou ao DN que Mariano Gago se “limitou a dar conta das propostas apresentadas pelas universidades europeias”, esclarecendo que se trata apenas de uma proposta a discutir no próximo Conselho Europeu de Educação e não uma medida aprovada.






Data de publicação: 2007-11-11 10:30:31
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