Voltar à Página da edicao n. 406 de 2007-11-06
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As jornadas tiveram lugar no CHCB

Covilhã recebe fórum de enfermagem

“Lavar as mãos tem de ser rotineiro, não pensado”, alerta Paula Brito, enfermeira responsável pela Comissão de Controlo de Infecção do Centro Hospitalar Cova da Beira, departamento que na passada semana, organizou o “Fórum de Enfermagem em Controlo de Infecção Hospitalar”.

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O objectivo da iniciativa foi partilhar as diferentes experiências com colegas de outros hospitais e debater o assunto, para ser mais fácil chegar a protocolos que minimizem o risco de complicações infecciosas no caso de doentes que são internados.
O assunto é cada vez mais emergente no seio dos profissionais de saúde e Paula Brito considera que a classe tem cada vez mais consciência das precauções a tomar. No entanto, frisa que “os alertas têm de ser permanentes”. Não só para quem trabalha nos hospitais como também para quem os visita, já que podem também ser veículos de infecções.
“A higiene das mãos é fundamental. Os visitantes devem, por exemplo, lavar as mãos sempre que entram e saem do hospital”, recomenda. Mas acrescenta que também no que toca a espirrar ou tossir, mesmo em qualquer local, há ainda comportamentos a mudar. “Tossimos ou espirramos para a mão, depois vamos cumprimentar outras pessoas com a mesma mão, abrir portas. Tentamos ensinar a fazê-lo para a parte interior do cotovelo”, salienta a enfermeira. “O controlo temos todos de fazê-lo em cada acto”, realça Paula Brito.
Desde o ano passado que as infecções hospitalares são monitorizadas no Centro Hospitalar Cova da Beira. É feita a vigilância, faz-se investigação e procura-se saber se o doente já entrou ou não contagiado no hospital. Baseada nos dados apurados pela comissão criada para o efeito, Paula Brito acentua que os números deixam o grupo de trabalho satisfeito. Até porque, acrescenta, esta unidade “tem conseguido manter as taxas de infecção abaixo da média nacional”.
Segundo a enfermeira responsável, não são sempre as mesmas infecções que prevalecem ao longo de todo o ano. Entre as comuns, estão as respiratórias, urinárias e cirúrgicas. As respiratórias claramente sazonais. E é para as combater que estão fixadas 20 normas a seguir.
A organização do encontro acentua que este problema, relacionado com os cuidados de saúde, existe tanto nos países pobres como nos mais desenvolvidos. “As infecções adquiridas em instituições de saúde estão entre as mais importantes causas de morte, provocando também um significativo aumento da morbilidade nos doentes hospitalizados”, sublinham os responsáveis pelo fórum que debateu o assunto.
A gestão de risco, os custos das infecções hospitalares, a investigação de surtos e a implementação de normas de prevenção foram alguns dos temas abordados durante a passada sexta-feira, por vários profissionais que se têm debruçado sobre estas matérias, com vista a diminuir o número de casos.


As jornadas tiveram lugar no CHCB
As jornadas tiveram lugar no CHCB


Data de publicação: 2007-11-06 00:00:15
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