Acção de protesto junto do Centro de Diálise

Os doentes renais da Cova da Beira mostraram a sua insatisfação relativamente ao continuado processo burocrático que tem impedido a abertura do Centro de Hemodiálise da Covilhã. Um protesto que foi apoiado pela câmara municipal.

O passado domingo, 28 de Outubro, foi a data escolhida pelos doentes renais da Cova da Beira, para realizarem um protesto à porta do novo Centro de Diálise da Covilhã. A principal razão desta iniciativa está no facto daquela estrutura estar concluída há cerca de dois anos, mas ainda não estar em funcionamento.
Cerca de meia centena de pessoas manifestaram-se junto às portas, ainda encerradas, desta unidade situada em frente à Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, com o objectivo de mostrar o seu descontentamento perante a burocracia da tutela. Quem também esteve presente neste protesto foi João de Deus, delegado de saúde da Covilhã e o presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
Os dois responsáveis concelhios mostraram-se solidários com os doentes. Durante o protesto foram recordados casos de pessoas que percorrem mais de 1200 quilómetros por semana, para receberem tratamento de hemodiálise. Foi já durante o protesto que o responsável pela Câmara da Covilhã lembrou que recebeu na passada semana uma proposta para a assinatura de uma convenção com a empresa privada que vai explorar esta clínica. Dado este passo, o autarca espera agora que o centro possa abrir portas já em Novembro.
A clínica de hemodiálise da Covilhã representa um investimento de cerca de três milhões e meio de euros e tem capacidade para atender 108 doentes por dia. Esta estrutura apresenta-se semelhante às já existentes na Guarda e em Castelo Branco, que estão já sobrelotadas.