Os segredos do monoteísmo político

Uma tese de mestrado na área da Filosofia foi apresentada na UBI. Este trabalho está centrado na teoria do monoteísmo político divino e vem assumir-se como uma nova leitura dos textos de Étienne de la Boétie.

Apresentar toda a problemática em torno do monoteísmo político foi o principal objectivo da tese de mestrado na área da Filosofia apresentada por Carlos Manuel Bernardino Geraldes, na UBI.
Um trabalho de investigação intitulado “O monoteísmo político divino e a sua (Des)estruturação Terrena em Étienne de la Boétie” assume-se, segundo o autor, como “um arrojo e uma novidade dentro das teorias instituídas”. Esta nova abordagem, segundo Carlos Geraldes fica a dever-se ao facto “de toda a investigação feita até hoje sobre Étienne de la Boétie andar sempre em torno do mesmo, como por exemplo, os conceitos de liberdade”. O autor da tese de mestrado de mestrado consolida esta sua ideia com o facto de “alguns dos principais filósofos e investigadores da área, verem nos textos de Boétie, diversos paradoxos, o que os torna difíceis de situar”.
A tese aborda assim toda a problemática filosófica gerada em torno do monoteísmo político. Um conceito que segundo Carlos Geraldes “remete para a existência de uma política divina, política essa que o ser humano alterou completamente ao longo de toda a sua existência”. O autor do estudo agora apresentado garante que “ao alterar esta política criaram-se desigualdades onde as pessoas vivem num estado completo de servidão”. No entender de Carlos Geraldes, “isto traduz-se numa sensação de liberdade para o indivíduo, mas na verdade vivemos numa sociedade onde se controlam as mentes das pessoas”.
Este erro criado pelo homem, na linha do monoteísmo político, “vem persistindo”. Carlos Geraldes afiança que “houve uma evolução ou outra, em determinada época, mas que depois não teve grande impacto, uma vez que tudo continua igual”. Esta situação é mantida, na óptica deste autor “porque é muito mais fácil às pessoas satisfazer os seus desejos próprios e remeter aquilo que não lhes convêm para o domínio da utopia. Depois chamam utopia a coisa que existem de facto dentro de nós”. Carlos Geraldes exemplifica com uma situação muito comum nas sociedades actuais, que é “quando um indivíduo fala em liberdade, fraternidade e igualdade, por exemplo, isso existe, de facto, contudo é muito fácil chamar aquilo de utopia porque é muito difícil às pessoas batalhar por esses mesmos conceitos”.
A tese obteve a classificação final de Muito Bom, e teve como júri Diogo Pires Aurélio, professor auxiliar da Universidade Nova de Lisboa e Rui Bertrand Baldaque Romão, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior. 

> cristinafernandes1 @ gmail . com em 2007-10-23 17:38:32
Relação " Causa-Efeito "..A Dedicação Plena, a esta Tese, por Merecimento, Nota Máxima.Mts Parabéns e Felicidades.

> Marg . Valente @ sapo . pt em 2007-10-26 17:25:28
Depois de ler sumariamente o assunto da tua tese,resta-me perguntar-te:e tu, acreditas na existência de Deus? Estou-me a referir a um só Deus,filho de Maria. Ou para um Filósofo, agora Mestre, é difícil responder a esta questão tão complexa ? Deixo aqui os meus votos de Parabéns por todo o teu empenho, que deduzo, pela classificaçao foi muito! Um abraço da colega amiga conimbricense Guida Espero que me respondas

> jorge_silva3461 @ hotmail . com em 2007-10-29 17:01:00
Parabens perguntas para quê esteve ao mais alto nivel como sempre esteve ao longo do ultimo ano lectivo, foi bom ter-lo como professor. Votos de muito susseço. este aluno que não o esquece jorge silva.

> kyros @ iol . pt em 2007-10-29 17:01:22
Parabéns stôr! De todos os seus alunos da noite! E arrebente com eles

> jorge_silva3461 @ hotmail . com em 2007-10-29 17:01:58
Parabéns perguntas para quê esteve ao mais alto nível como sempre esteve ao longo do último ano lectivo, foi bom tê-lo como professor. Votos de muito sucesso. Este aluno que não o esquece jorge silva.