Voltar à Página da edicao n. 402 de 2007-10-16
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Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
A mostra está patente no edifício Arte e Cultura, na Covilhã

Viagem no Tempo

O Espaço de Arte e cultura da Covilhã recebeu, entre os dias 3 e 14 de Outubro, uma exposição de Máquinas fotográficas antigas, de António Rosendo. Intitulada “Viagem no Tempo”. Esta mostra reuniu aparelhos do século XIX ao século XXI e algumas fotografias e negativos tirados nessa época.

> Vânia Rodrigues

Organizada pelo fotógrafo António Rosendo e pela Câmara Municipal da Covilhã, esta mostra de aparelhos fotográficos antigos culminou no passado domingo, dia 14 de Outubro, onde muitos olhares curiosos se deslocaram até ao Espaço Arte e Cultura, lugar desta exposição.
“Apresentei a ideia à Câmara Municipal e passado uns dias colocaram o meu nome no cartaz das actividades mensais, sem eu saber. Foi uma surpresa muito agradável”, refere António Rosendo, que reuniu todas estas relíquias através do primeiro fotógrafo covilhanense, Fernando Correia, e de alguns residentes da cidade.
Além de máquinas fotográficas, também se podem encontrar negativos de fotografias que posteriormente foram recuperadas pelo autor da exposição, e um livro onde se registavam todas as pessoas que frequentavam as instalações de Fernando Correia para se fotografarem. “É engraçado que vinha gente de todo o país e, inclusivamente, de fora, para serem fotografados por ele”, explica António Rosendo, que decidiu realizar este evento “pela necessidade de mostrar este material, para que alguém ou alguma instituição tomasse posse dele e tratasse da sua manutenção, como por exemplo, a Universidade da Beira Interior.” A criação de um espaço cultural, como por exemplo um museu, seria outra das alternativas apontadas por este artista para acolher estes materiais antigos.
Esta forma de arte surgiu na vida de António Rosendo mais por “necessidade do que propriamente por prazer”, e pela vontade enorme que tinha de aumentar a sua carreira profissional e os seus conhecimentos. Foi através de um convite feito por um colega que já trabalhava na área que António começou a fotografar, uma paixão que já dura há 25 anos, completados este mês.
As evoluções técnicas que se têm verificado nesta área “tornam tudo mais fácil. Hoje qualquer um pode ser fotógrafo,” refere Rosendo, acusando alguns jovens fotógrafos de serem “oportunistas, que aproveitam as facilidades que as máquinas actuais proporcionam. Perdeu-se a virgindade da fotografia.” É essa essência que o organizador pretende fazer renascer através desta exposição, relembrando as pessoas e dando a conhecer às novas gerações a exigência que um trabalho fotográfico pressupunha, e toda a expectativa que se gerava em torno de uma fotografia.


A mostra está patente no edifício Arte e Cultura, na Covilhã
A mostra está patente no edifício Arte e Cultura, na Covilhã


Data de publicação: 2007-10-16 16:02:20
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