Voltar à Página da edicao n. 401 de 2007-10-09
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 

Amanhã começa um novo ciclo

> João Canavilhas

Com a entrevista desta edição encerramos o ciclo dedicado aos presidentes das várias Faculdades da UBI. Não a fizemos antes por questões deontológicas, uma vez que o presidente da Faculdade Arte e Letras era também director do URBI, uma acumulação de cargos que neste momento já não se verifica.
O tema em destaque na entrevista é o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e o assunto não podia ser mais actual. Entra amanhã em vigor a nova Lei, iniciando-se assim o processo que culminará com a eleição de novos órgãos e novos dirigentes. A partir de amanhã, as instituições de Ensino Superior têm oito meses para aprovarem novos estatutos e, após a sua publicação em Diário da República, terão quatro meses para elegerem o Conselho Geral. Este novo órgão será composto por professores, investigadores e estudantes, eleitos entre os seus pares, e personalidades externas de reconhecido mérito, que serão cooptadas pelos membros eleitos. Será este órgão, que terá entre 15 e 35 membros, a eleger um novo Reitor.
No caso da UBI, e de acordo com entrevistas recentes, sabe-se que o actual Reitor não pretende continuar, pelo que se avizinha o fim de mais um ciclo de vida na Instituição. Desde a criação do Instituto Politécnico da Covilhã até à actual Universidade da Beira Interior, a instituição cresceu e consolidou-se sem grandes sobressaltos, apesar dos muitos problemas resultantes da localização, da sua juventude e de alguma incompreensão do poder político. Em grande parte, este desenvolvimento saudável é uma consequência do bom trabalho realizado pelos seus dirigentes, especialmente os reitores, que fizeram quase sempre as melhores opções e souberam passar o testemunho no momento certo. Naturalmente, a história da UBI também regista divergências de opiniões e pequenos conflitos, mas vistas à distância são apenas as naturais dores de crescimento.
Com mais de duas décadas de vida académica, primeiro como estudante e presidente da sua estrutura organizativa, depois como técnico superior e hoje como docente, posso dizer que acompanhei alguns dos momentos mais importantes da UBI. A aprovação dos primeiros estatutos, a passagem de Instituto Universitário a Universidade, o nascimento da Faculdade de Artes e Letras e, mais tarde, da Faculdade de Medicina, são acontecimentos inesquecíveis. A experiência adquirida em cada um destes momentos permite-me dizer com segurança que se aproxima de novo um período decisivo na vida da instituição. Embora o sistema de eleição seja diferente, toda a comunidade deve participar activamente no processo, questionando, propondo e, nalguns casos, votando.

 


Data de publicação: 2007-10-09 00:00:01
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