Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 391 de 2007-07-31 |
Neologismos na linguagem jornalística
Uma análise à linguagem jornalística portuguesa serviu de tema para uma tese de mestrado em Língua, Cultura Portuguesa e Didáctica.
> Ricardo MoraisRosa Maria Peixinho Crespo apresentou, na passada sexta-feira, 27 de Julho, a sua tese de mestrado intitulada, "Neologismos Internos e Externos na Linguagem Jornalística Portuguesa".
Um trabalho realizado com o professor João Malaca Casteleiro serviu de ponto de partida para o tese desenvolvida pela docente. "Depois desse trabalho fiquei curiosa e como achei a pesquisa muito interessante decidi, mesmo sem bases na área, aventurar-me", confessou Rosa Crespo.
Enumerar os neologismos da linguagem jornalística portuguesa e compreender os processos de formação das palavras foram os objectivos principais de uma tese que, segundo a autora se revela importante, uma vez que " muitas vezes não temos noção de como é que as palavras são formadas e a necessidade que isso nos faz nos dias de hoje".
A profesora do ensino básico analisou várias públicações semanais, entre jornais e revistas, onde verificou quais os neologismos e inovações presentes. Posteriormente, elaborou um quadro de acordo com os temas e as áreas em que os neologismos se encontravam. Na grelha podia também verificar-se quais as publicações em que o uso de neologismos era mais frequente.
Os neologismos estão actualmene muito presentes nas discussões e/ou assuntos ligados ao campo das novas tecnologias. Esta foi uma das questões abordadas durante a discussão da dissertação.
Entre os processos que explicam a formação dos neologismos, foi abordada a construção com auxílio dos mecanismos usuais de produção lexical, como a composição (justaposição, aglutinação, prefixação) e a derivação, geralmente por sufixação.
Rosa Maria lembrou no final que esta é uma pesquisa infinita pois algumas das palavras registadas já cairam no esquecimento. Terminou afirmando que" se para uns a palavra morre no momento em que é proferida, para mim ela nasce nesse momento".
O júri destas provas foi composto por João Malaca Casteleiro, professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Reina Marisol Troca Pereira, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior e António Carvalho da Silva, professor auxiliar da Universidade do Minho, tendo este atribuído o resultado final de aprovado com a classificação de Bom com distinção.
Multimédia