Voltar à Página da edicao n. 390 de 2007-07-24
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
Apresentação da palestra sobre as perspectivas das eurocidades na raia ibérica

As eurocidades e o futuro ibérico

Na sequência das perspectivas que traçou para as eurocidades na raia ibérica, Luis Fernando de la Macorra, da Universidade da Estremadura, deslocou-se à Universidade da Beira Interior (UBI) para intervir no Seminário de Marketing das Cidades e Comércio Electrónico.

> Ricardo Morais

Perspectivar o futuro para a raia ibérica, criando laços entre Portugal e Espanha, foi o motivo que trouxe Luis Fernando de la Macorra y Cano à Universidade da Beira Interior. No âmbito da Pós-graduação em Marketing de Eventos e Produtos Turísticos da UBI, o investigador espanhol apresentou na passada sexta-feira, dia 20 de Julho, no Centro de Formação e Interacção da Universidade da Beira Interior para o Tecido Empresarial (CFIUTE), um panorama do que poderá ser a cooperação entre os dois países vizinhos.
Com os olhos postos na cooperação, Luis de la Macorra desenvolveu o conceito de eurocidades para se referir "às novas articulações que a legislação comunitária permite, que estão organizadas como agrupamento europeu de cooperação territorial, prevendo a cooperação e acordo conjunto de instituições europeias locais nas raias fronteiriças que existem entre todos os países e a possibilidade de assinar tratados, financiando projectos que beneficiem esta cooperação transfronteiriça".
Com base em dados dos Institutos Nacionais de Estatística (INE) de ambos os países, e segundo uma demarcação mais pormenorizada do território (NUTS III), o professor analisou as áreas de Portugal e Espanha que fazem parte da raia ibérica e a densidade populacional dessa parcela do território. Com esta análise demonstrou o potencial da raia ibérica e de que forma o seu aproveitamento poderá trazer benefícios para os dois países da Península.
Para melhor ilustrar a óptica das eurocidades, que acredita ser " uma perspectiva de trabalho futuro muito realista", apresentou o exemplo da eurocidade na raia franco-espanhola entre as cidades de San Sebastien e Baiona. Lembrou no entanto que este "é um processo demorado que não se concretiza de um ano para o outro".
Os estudos realizados permitiram-lhe perspectivar futuras eurocidades na raia ibérica de norte a sul do país. Assim as eurocidades mais a norte: Valença do Minho-Tuy-Vigo e Chaves-Verín; as eurocidades do centro: Guarda-Ciudad Rodrigo e Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro; a eurocidade na zona do Alentejo e extremadura espanhola: Elvas-Badajoz; e por fim a eurocidade do sul: Vila Real de Sto. António-Ayamonte.
Entre as propostas para futuras eurocidades o investigador destacou a eurocidade Elvas-Badajoz, pelo facto de ter estudado essa realidade a fundo, mas também por admitir que "existe vontade por parte das duas cidades e das entidades responsáveis em realizar uma cooperação e um projecto deste tipo". Desta forma, uma eurocidade entre estas duas regiões serviria para "conseguir um maior desenvolvimento, integração e harmonização interna, ao mesmo tempo que um maior desenvolvimento e uma maior afirmação e projecção externa".
Entre as possibilidades de desenvolvimento, Luis de la Macorra, destacou a área do marketing turístico. Terminou, lembrando que o projecto das eurocidades não implica a perda de identidade por parte dos países mas, pelo contrário, um respeito mútuo, uma integração social, cultural e económica.


Apresentação da palestra sobre as perspectivas das eurocidades na raia ibérica
Apresentação da palestra sobre as perspectivas das eurocidades na raia ibérica


Data de publicação: 2007-07-24 00:00:03
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior