A estrutura de capitais nas PME’s

As pequenas e médias empresas da região da Guarda foram analisadas numa tese de mestrado agora apresentada na UBI. As principais conclusões deste estudo fazem a radiografia a este tipo de organismos.

Uma tese de mestrado em Gestão, intitulada “A Estrutura de Capitais e o ciclo de vida das PME’s no distrito da Guarda” teve como objectivos principais caracterizar e analisar a estrutura de capitais, bem como relacionar a sua importância com a evolução destas mesmas entidades ao longo do seu ciclo de vida”.
Susana Manuela Gonçalves Vieira Dias, autora deste estudo, adianta que as questões que serviram de suporte inicial se devem com a forma de estrutura de capitais das PME’s e como esta se relaciona com os objectivos do empresário; a fase do ciclo de vida em que se encontra a pequena e média empresa e como se relaciona com a estrutura de capitais e também como se modifica e evolui a estrutura de capitais das PME’s ao longo do ciclo de vida. Parâmetros que Susana Dias pretendeu aferir com um inquérito inicial enviado a 246 PME’s do distrito da Guarda, dos quais, apenas 42 responderam.
De entre este universo, a autora do estudo conseguiu dividir em quatro fases, as empresas. Ficando assim com quatro na fase de início, 14 na fase de crescimento, 12 na fase de maturidade e outras 12 na fase de declínio. Numa das conclusões deste estudo verifica-se que “o cruzamento entre a idade e a fase do ciclo de vida da empresa, sugere que existe uma relação entre a idade da empresa e a fase do ciclo de vida em que esta se encontra”. Desta forma, Susana Dias esclarece que uma empresa encontra-se na fase de início, “até aos três anos de idade, na fase de crescimento encontram-se empresas com idades entre os quatro e os oito anos e na fase da maturidade encontram-se empresas com idade superior a nove anos”.
Segundo esta tese, os objectivos da empresa passam por um aumento de vendas, uma maximização do valor da empresa e do lucro líquido a longo prazo, um aumento do activo líquido e ainda uma maximização do lucro líquido a curto prazo. No que respeita aos objectivos do empresário, este pretende “a criação do auto emprego, independência e liberdade, criação de riqueza para a sua família, obter reconhecimento da sociedade e a satisfação de criar emprego para familiares e amigos”.
A tese foi aprovada por um júri constituído por Carlos Alberto Arriaga Tabuleiros Costa, professor auxiliar da Universidade do Minho, Zélia Maria da Silva Serrasqueiro, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior e Mário José Baptista Franco, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior.