Nova casa para os Bombeiros da Covilhã

Um fim-de-semana em festa com a realização de diversas actividades marcou mais um aniversário dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC). A corporação que comemorou, no passado domingo, 24 de Junho, 132 anos, pede agora uma casa nova.

José Flávio, o comandante da corporação do Bombeiros da Covilhã já tinha falado no assunto, nas comemorações dos 131 anos da instituição. Passado um ano é Emídio Martins, presidente da direcção dos Voluntários da Covilhã que volta a trazer a questão de um quartel para a ordem do dia.
O presidente da direcção dos BVC aproveitou as cerimónias de comemoração de mais um aniversário para lançar o apelo “às entidades competentes”, que ajudem os soldados da paz a construir uma nova casa. Segundo este responsável, o actual quartel, localizado junto ao Campo das Festas, “já não é adequado às necessidades da corporação”. Tal facto deve-se sobretudo “à falta de funcionalidade do edifício”.
Em dia de festa e casa cheia, Emídio Martins traçou o “plano de combate” a um edifício que “padece de vários erros de construção”. Tal facto leva a que o presidente da direcção coloque de parte uma possível ampliação do actual imóvel. Segundo Martins, essa hipótese “apenas resolveria a questão do estacionamento das viaturas”. Mas os responsáveis pela corporação pedem mais. Querem ter espaços para vestiários, para formação e para as diferentes actividades do corpo de bombeiros, coisas que “o actual quartel não tem”.
Na óptica do presidente da direcção, “a saída está na construção de um novo edifício, na zona nova da cidade”. Martins garante que esta é a melhor solução “em vários aspectos”. Quer no que diz respeito aos encargos financeiros, quer também na mais pronta intervenção dos BVC em caso de sinistro. No caso da construção de um novo quartel, “junto ao eixo T-C-T”, os Bombeiros da Covilhã “vão ter melhores e mais rápidas ligações a todo o concelho”. Contudo, Emídio Martins mostra-se conhecedor dos encargos que este tipo de obras envolve. Daí que o presidente da direcção dos BVC tenha solicitado à Câmara da Covilhã “celeridade na resolução do assunto” e que este organismo do poder local “não esteja à espera do governo”.
O vice-presidente da Câmara da Covilhã, João Esgalhado, também vereador responsável pelo pelouro da Protecção Civil sublinha, todavia, que “não pode ser o município a assumir sozinho, uma obra desta dimensão”. Em declarações à revista Kaminhos, o social-democrata garante que um novo quartel para os Bombeiros da Covilhã “ronda os 3 milhões de euros”, verba que tem de ser suportada “na sua maioria”, pelo governo. Esgalhado acrescentou ainda que no próximo dia 20 de Outubro, dia da cidade, e onde será inaugurada a auto-escada do BVC, o assunto será dado a conhecer ao primeiro-ministro José Sócrates, que segundo Esgalhado, deve marcar presença nas comemorações do dia da cidade.