Voltar à Página da edicao n. 385 de 2007-06-19
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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Os media portugueses estiveram em análise

Linguagem e Mediação em análise

As jornadas intituladas “Linguagens e Mediações” decorreram durante cerca dois dias e possibilitam que professores e alunos da UBI discutissem a actual situação dos Media portugueses.

> Helder Filipe Prior

Durante dias 13 e 14 de Junho, investigadores de várias disciplinas reuniram-se na Sala dos Conselhos da UBI com um objectivo de discutir os aspectos e tendências da aproximação dos media à comunidade. Sob a organização do Projecto Media, Cidadania e Proximidade, conduzidas pelo professor João Carlos Correia, a primeira mesa das jornadas “Linguagens e Mediações” foi subordinada ao tema: “Linguagem dos Media: análise do discurso e da ideologia e aplicações ao jornalismo”. Zara Pinto Coelho, professora da Universidade do Minho, referiu-se ao tema da linguagem enquanto prática social e elemento organizador da experiência humana, acreditando que esta tem efeitos performativos. Já João Carlos Correia, professor da UBI, procurou fazer uma análise das estratégias ideológicas dos casos “Arrastão”, tratado pelos media portugueses, e “Mães de Bragança, impulsionado pela revista Time”. O docente acredita que o jornalismo desempenha um importante papel enquanto elemento organizador e estabilizador das práticas sociais, ao mesmo tempo que funciona como elemento determinador de identidades. De resto, a primeira mesa das jornadas “Linguagens e Mediações” terminou com a comunicação de Eduardo Camilo. O docente da UBI defendeu a existência de três elementos implícitos na publicidade.
A segunda mesa das jornadas iniciou-se com a comunicação de Tito Cardoso e Cunha. O professor da UBI abordou a temática do “silêncio estratégico” e reiterou que a existência deste não resulta, necessariamente, numa ausência de comunicação. Por seu lado, José Domingues procurou abordar a linguagem enquanto elemento da mediologia. José Domingues afirmou que “embora o ser humano seja um mediador por excelência, a mediação é feita cada vez por meios tecnológicos e não naturais.” Coube a Gil Ferreira a missão de concluir este segundo painel, através da análise à obra Persuasão e Retórica do italiano Carlo Michaelstaedter. Gil Ferreira distinguiu retórica de persuasão e afirmou que a segunda não necessita de ser sistematizada.
No dia 14 de Junho, Paulo Serra apresentou uma comunicação intitulada: “Estética e Média: o caso da televisão.” Para o professor da UBI “a imitação do real implica sempre um processo de construção que tem o objectivo de agradar ao público”. A segunda comunicação da mesa intitulada “Media, Arte e Imaginário”, este a cargo de Ivone Ferreira que defendeu que a publicidade “vende identidades e aproxima as pessoas de si próprias numa atitude pró-narcísica”. As conferências chegaram ao fim com a comunicação do linguista Paulo Osório. Focando a linguagem enquanto estrutura social, Paulo Osório reflectiu o papel simbólico nas práticas discursivas e a crescente “marquetização” do discurso.


Os media portugueses estiveram em análise
Os media portugueses estiveram em análise


Data de publicação: 2007-06-19 00:05:00
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