Formar bons leitores, para hoje e para o futuro

“O bom leitor é aquele que lê voluntariamente, com frequência, conhece os autores, recomenda, reflecte sobre a obra, relaciona textos e é crítico.” É assim que Fernando Azevedo, docente da Universidade do Minho, traça o perfil do leitor ideal. A motivação é nuclear no momento da leitura, de forma que o leitor possa tirar prazer desse acto. O investigador diz que qualquer local é bom para ler e para formar leitores, seja livrarias, cafés, museus ou outros espaços. Ainda assim, “a biblioteca é o lugar por excelência”.
A leitura na sala de aula, que exige três momentos. Antes, há que “activar o conhecimento, a curiosidade e vontade de ler”. Durante, “negociando os significados”, usando citações e partes significativas das obras em momentos de reflexão individual e partilhada. Depois da leitura, essa reflexão deve ser aprofundada. Uma acção mais pragmática, em que se deve continuar a motivar para a leitura e para a criação de textos dos próprios alunos.
A ideia da comunidade de blogues foi também abordada por Fernando Azevedo, que falou em tertúlias literárias e clubes de leitura. O objectivo é tornar a leitura interessante, mesmo depois de concluído o livro. Para se construir uma comunidade de leitores, há dois momentos. Por um lado, os “contextos de aprendizagem, que responsabilizam o aluno”. Depois, o seu “compromisso individual”, através do interesse, envolvimento e motivação.

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