A aventura de promover a leitura

Ao mais alto nível, o Plano Nacional de Leitura esteve representado por Isabel Alçada, Comissária do Plano. A iniciativa centra-se nas escolas, mas saúda outros projectos, que incentivem a leitura em outros lugares. A comissão de que faz parte dedica-se, neste momento, a “criar uma plataforma de projectos de promoção da leitura”. Esta plataforma conseguiu, no primeiro ano, trabalhar com um milhão de crianças, recebendo o registo de 8934 escolas e jardins-de-infância de todo o país.
“Ler é um pilar do desenvolvimento cultural, artístico e económico”, refere a autora da colecção “Uma Aventura”. A escritora falou em ler como “domínio de cultura”, que tem uma relevância fundamental quando se tenta evitar a precariedade na utilização dos tempos livres. Esta questão passa pela preparação do futuro, e é este adiamento no delinear da vida que torna os portugueses espontâneos. Ao invés, “os países que desempenham funções de alto nível caracterizam-se por uma boa leitura”, e pela preparação das coisas.
Isabel Alçada fez questão de vincar que os responsáveis pelo Plano se esforçam por cortar nas despesas, a fim de canalizar todo o capital para a aquisição de livros para as escolas. As escolas foram escolhidas porque congregam determinadas idades, em que os livros disponibilizados são mais facilmente aceites e utilizados. Se as crianças se sentirem estimuladas, mais facilmente levarão os seus pais a ler, alargando os efeitos do processo. É por este planeamento de todo o programa que se pretende conduzir o sucesso do Plano Nacional de Leitura.
Alguns dos programas em execução foram adaptados de outros países ao contexto português. Para além disso, a comissária referiu o trabalho desenvolvido em parceria com outras instituições. A Internet está a ser usada de forma interactiva. Para além do site que já existe, sairá em breve um outro com vista a criar uma comunidade de blogues cuja temática gire em torno do livro e da leitura.

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