Câmara aprova carta educativa

A versão final da Carta Educativa da Covilhã foi votada na passada sexta-feira, 15 de Junho, na sessão de câmara. Com a maioria a referir que este é um documento “mais completo” e a oposição a dizer que “mais vale esta carta que nenhuma”.

Está aprovada por unanimidade, a Carta Educativa do Concelho da Covilhã. “Um documento de planeamento que faz uma reflexão sobre as estruturas existentes daquilo que se prevê que possa ser a evolução e a procura de escolas e a evolução demográfica”, explicou Carlos Pinto, presidente da autarquia.
Segundo o social-democrata que conduz o município, este é um documento que conta com os contributos de mais alguns interessados, “designadamente, os agrupamentos de escolares e é um bom documento”. Recorde-se que a equipa social-democrata tinha já colocado a votação uma primeira carta educativa, mas que não incluía os pareceres de diversas entidades. Segundo Pinto, o actual documento tem já essas questões resolvidas.
Antes mesmo desta versão final seguir para o Ministério da Educação, deverá ainda ser posta à votação na Assembleia-municipal.
Pinto considera que esta versão “tem tudo o que se perspectiva necessário para uma boa gestão do parque escolar”. O edil aproveitou o momento para tecer algumas críticas relativamente às políticas do governo em matéria de educação. “No nosso País está tudo a mudar e as orientações do governo, a este propósito têm alterado os pressupostos deste planeamento”, adianta Pinto. No entender do presidente da autarquia covilhanense, nos próximos tempos, “não se vislumbra a construção de mais escolas”. Antes pelo contrário, “há algumas indicações para a possibilidade de se encerrarem alguns estabelecimentos”, fruto das políticas do poder central, remata Pinto.
Vítor Pereira, vereador do Partido Socialista votou a favor do documento, mas manteve a opinião que já anteriormente tinha expressado, de que “mais vale uma má carta, do que carta nenhuma”. O vereador socialista adiantou que este continua a ser um documento “mal elaborado e com graves falhas”, mas que ainda assim, “é aquele que se tem”, concluiu.
No final da sessão, Carlos Pinto confirmou o parecer positivo dado pela Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), relativamente à construção do Colégio Internacional da Covilhã. Um empreendimento que está pronto “dentro de um ano e meio”, garantiu Pinto. O edifício vai nascer junto ao Complexo Desportivo da Covilhã e é promovido pelo grupo Gestão de Participações Sociais (GPS). Esta nova escola vai incluir também a Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI).