Voltar à Página da edicao n. 384 de 2007-06-12
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A greve geral do passado dia 30 teve fraca expressão, segundo os sindicalistas

Greve geral com fraca expressão

A Confederação Geral do Trabalhadores Portugueses (CGTP) convocou uma greve geral no passado dia 30 de Maio. Uma greve com o objectivo de mobilizar todos os trabalhadores no sentido de protestarem contra as políticas económicas e sociais do actual Governo.

> Joana Barata

A greve geral organizada no passado 30 de Maio ficou aquém das espectativas. Convocada pela CGTP-IN e pelos vários sindicatos que a compõem, esta greve foi destinada a pressionar o Governo a “mudar a sua politica e a respeitar os trabalhadores”. Quanto a números, sabe-se que a ADC (Águas da Covilhã, EM), empresa responsável pela recolha de lixo na Covilhã, atingiu os 90 por cento de adesão, não tendo saído nenhum carro. Também na Guarda os serviços Municipalizados das Águas da Câmara Municipal tiveram uma adesão de vulto, a rondar os 100 por cento.
Quanto ao ensino a Escola EB2/3 de Castelo Branco encerrou por greve dos funcionários. Também a Escola do Paúl, do concelho da Covilhã, encerrou. Tal como referiu em nota de imprensa, o Executivo Central de Castelo Branco do Sindicato de Professores da Região Centro, “o objectivo principal desta greve prende-se com a exigência de uma outra política para o País. A actuação do actual Governo, do ponto de vista do Sindicato, tem vindo a tornar-se cada vez mais injusta do ponto de vista social, nomeadamente com as crescentes dificuldades no mundo do trabalho”.
Assim, as principais críticas foram contra o desemprego e a precaridade crescente no País; contra “a liquidação das carreiras profissionais; a privatização dos serviços públicos, bem como o encerramento de várias escolas, maternidades e urgências”. O estatuto da carreira de docente imposto pelo Ministério da Educação (que divide a carreira em categorias, impedindo desta forma o acesso aos escalões de topo) é outra das preocupações, do SPRC. Para o SPRC o actual governo tem implementado medidas extramanente violentas, sobretudo para a Função Pública, nomeadamente a aplicação integral do Código de Trabalho, do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado), e do SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação da Administração da Função Pública).
No seguimento deste protesto o SPRC irá promover durante o mês de Junho, junto das Escolas do Distrito de Castelo Branco, um conjunto de palestras, com o objectivo de informar e debater as implicações das actuais políticas governamentais, na área da educação.
Já a União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) condenou a existência de entidades patronais que “terão pressionado os trabalhadores para que não participassem nesta greve”. Segundo a USCB, em declarações ao Jornal “Diário XXI”, “muitos trabalhadores estão a ser vítimas nas empresas e nos locais de trabalho, com ameaças veladas e directas, procurando impedir a sua participação nos plenários e reuniões”. Luís Garra, coordenador da USCB refere que existiu“ uma tentativa de coacção dos trabalhadores. Existem entidades patronais que se colocam estrategicamente junto aos relógios de marcação de ponto a dizer que quem não for sindicalizado não pode participar em plenários ou, então, proíbem a sua realização nas instalações das empresas”, afirma.
Outra das preocupações é a questão da flexisegurança, tão debatida neste momento: a existência de um mercado de trabalho mais flexível, ou seja, com maior liberdade de despedimentos, ao mesmo tempo que são desenvolvidas políticas activas de emprego, que ajudam os trabalhadores a mudar de emprego, e com subsídios de desemprego mais atractivos.


A greve geral do passado dia 30 teve fraca expressão, segundo os sindicalistas
A greve geral do passado dia 30 teve fraca expressão, segundo os sindicalistas


Data de publicação: 2007-06-12 10:56:12
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