Voltar à Página da edicao n. 384 de 2007-06-12
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Teatro-Cine acolhe três óperas

Teatro-Cine enche com três récitas da ópera “A floresta”

As três sessões da ópera infantil, produzida pelo Conservatório de Música e Escola Profissional de Artes, levaram milhares ao principal palco da cidade.

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O palco do Teatro-Cine da Covilhã acolheu nos dias 30, 31 de Maio e 1 de Junho três sessões de uma Ópera Infantil, uma produção das duas escolas oficiais de musica da Covilhã, o Conservatório de Música e a Escola Profissional de Artes.
Trabalho inédito apresentado na Covilhã, não só pela apresentação de três récitas em três dias seguidos, obrigando a um trabalho intenso dos protagonistas dos espectáculos, mas também a apresentação pela primeira vez na Covilhã de uma Ópera infantil, com a particularidade de a mesma ser aqui produzida.
Tratou-se de uma obra baseada num conto da escritora Sofia de Melo Breyner, com música do compositor Eurico Carrapatoso – “A floresta” - que agradou a cerca de um milhar e meio de pessoas que passaram pela principal sala de espectáculos da cidade para assistir a uma ópera diferente das habituais.
Nos dois primeiros dias as crianças das escolas do 1º ciclo foram espectadores atentos e interessados pelo que se ia passando no palco, onde o Coro do Conservatório, composto por 42 jovens, o narrador da história, Luís Almeida, ao som de acordes musicais da Orquestra da Epabi, dirigida pelo maestro Rogério Peixinho, dava início ao “tema” da história:
“Tenho mais de cem anos, sou uma árvore centenária. Vivo numa floresta muito antiga onde há lagos, fontes, pomares, bosques, campos e um pinhal que se estende até ao mar. Este é um lugar solitário, quase nunca passa ninguém. Os habitantes da floresta são pássaros e muitos insectos: borboletas, abelhas, joaninhas, gafanhotos. Aqui os raios de sol atravessam as copas das árvores e o chão está coberto de musgo.
É uma FLORESTA maravilhosa.”
A coreografia das personagens dos habitantes da floresta estive a cargo das alunas de dança criativa das classes de ballet e dança de Ana Seixas, do Conservatório de Musica da Covilhã.
No dia 1 de Junho à noite, com sala cheia de público adulto que, com o desenrolar do espectáculo, que teve duração de 65 minutos, ia criando cada vez mais interesse e, no final não se poupou a aplaudir os “artistas”, com uma longa ovação em pé, ouvindo-se comentários altamente favoráveis e elogiosos à iniciativa, ao trabalho das duas Escolas e também aos cantores, com particular destaque para Filipa Lã e Pedro Miguel, maestro do Orfeão da Covilhã, às vozes dos jovens e, também, aos músicos e professores do Conservatório e da Epabi, que reforçaram a orquestra sinfónica, composta por 29 elementos.
A produção deste espectáculo, que envolveu muitos recursos, teve origem na contratação do mesmo pela Scutvias, para integrar o II Festival de Música da Beira Interior, tendo sido apresentado, com lotação esgotada, no TMG – Teatro Municipal da Guarda, no passado dia 26 de Maio, no encerramento desse Festival.
Ouvidos alguns jovens do coro, eles não se cansavam de dizer que foi uma experiência “fixe”, e que gostaram muito interpretar uma Ópera, tendo gostado ainda mais que os espectáculos do ano passado realizados, quer na Casa da Música no Porto, quer no Teatro-Cine e Universidade nos quais também cantaram com acompanhamento da orquestra da Epabi.
De acordo com a opinião de Barata Gomes, director do Conservatório de Musica da Covilhã, “o trabalho apresentado só foi possível pelo interesse e empenho dos protagonistas, em particular do professor Rogério Peixinho, Director Pedagógico do Conservatório de Música da Covilhã, dos jovens do coro juvenil e das crianças da classe de ballet e dança, do apoio e compreensão dos senhores encarregados de educação, dos alunos da Epabi, que mais uma vez mostraram as suas capacidades musicais e qualidade do seu trabalho. E dos professores das duas escolas, das boas relações existentes entre o Conservatório e a Epabi, da colaboração da equipa do Teatro-Cine e do apoio imprescindível da Câmara Municipal da Covilhã, que tornou possível a realização das três récitas”
Disse ainda que “face ao sucesso registado, trata-se de trabalho a dar continuidade assim existam vontades e recursos”.


Teatro-Cine acolhe três óperas
Teatro-Cine acolhe três óperas


Data de publicação: 2007-06-12 00:10:00
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