Voltar à Página da edicao n. 384 de 2007-06-12
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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O poder das marcas

> Susana Duarte

Levis, Cheyenne, Salsa, Mango, Lee, Massimo Dutti, Sacoor, são algumas marcas de renome, usadas sobretudo por pessoas de classe média alta, e marcam um certo estatuto na sociedade. Hoje em dia começa-se a descobrir a força e a magia das marcas, enquanto dotadas de personalidade e capazes de transmitir emoções que atraem os consumidores.
“Muita gente paga é a marca”, assegurou Inês Rodrigues, referindo que muitas vezes a marca nem sempre está associada à qualidade. Exemplifica com o caso da roupa da Bershka. Apesar da marca ser conhecida, “a qualidade da roupa é fraca. Além disso, esse tipo de peça serve apenas para se usar naquela estação, porque na estação seguinte já estará ultrapassada”.
Muitas vezes a marca também está relacionada com um certo estatuto que o individuo assume na sociedade. “Quem veste Lacoste, ou chiffon está ligado à classe alta”, refere Inês Rodrigues, realçando que as marcas estão muitas vezes associadas ao status do indivíduo na sociedade.
As marcas reflectem a forma de estar na vida, se as pessoas estão estabilizadas, se têm uma maneira de estar na vida materialista ou não. “A roupa assume uma função distintiva, marca as diferentes camadas da sociedade”. Segundo a jovem, o vestuário pode ser considerado como uma manifestação simbólica do indivíduo na sociedade.
O estilo da roupa pode definir o carácter das pessoas, mas nunca de forma linear, sendo o resultado de vários factores.
A moda associa-se muitas vezes a culturas, e torna-se muitas vezes por isso incompreendida. “As tribos, os freaks, os rastas, formam-se a partir de valores de crenças com que os indivíduos se identificam”, afirma Inês Rodrigues. “Os grupos não se formam pela maneira de vestir, a maneira de vestir vem depois”, diz Rui Lopes, para quem os grupos constituem-se pela identificação de personalidades, a maneira de se vestirem e de estarem inseridos nesse grupo vem depois.
“Há certos tipos de roupas que se enquadram mais com um certo tipo de pessoas do que com outras”. Inês Rodrigues explica que uma pessoa mais forte sairá favorecida se vestir uma roupa larga e escura. Um jovem segue a moda porque está sempre à procura de coisas novas, “muitas vezes os jovens seguem a moda porque têm medo de ser rejeitados pelos grupos de amigos”, explica a aluna de design de moda.
As pessoas tendem também a ser atraídas por certas cores, e essa escolha pode estar baseada no seu tipo de personalidade ou nas suas emoções. “As pessoas usam certas cores porque gostam mais, ou porque as favorecem mais”.
Inês Rodrigues acrescenta que em certas culturas a cor assume um significado completamente diferente. Para Rui Lopes as cores expressam diversos estados de espírito, “as pessoas muitas vezes vestem-se de preto para expressar o luto, a dor, a tristeza”. Mas por outro lado o preto também está ligado à elegância, à sofisticação, não tem necessariamente que estar ligado às emoções entende Inês Rodrigues.

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Data de publicação: 2007-06-12 00:00:00
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