Voltar à Página da edicao n. 384 de 2007-06-12
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: António Fidalgo Directores-adjuntos: Anabela Gradim e João Canavilhas
 

O grande desafio deste período é a implementação do Processo de Bolonha

> Eduardo Alves

U@O – Quais as medidas que mais gostava de deixar feitas durante o seu mandato?
A.D –
O grande desafio deste período é a implementação do Processo de Bolonha e o estabelecer uma mentalidade ou hábito de investigação. O que é muito complicado porque é um processo que exige mais em termos de docentes, mas que também exige mais em termos de investigação. E o tempo não é elástico e muitas das vezes aquilo que se exige em termos de docência impede as pessoas de progredirem em termos de investigação. Mas a tónica tem de ser continuar a exigir aos dois níveis e conseguir que a investigação se reflicta a um melhor nível na qualidade da docência. Claro que isto, na prática, é um processo muito difícil. Há muitos alunos, há também muitas horas de entendimento e é muito complicado compatibilizar estas questões.

U@O – É uma mensagem que está a ser bem recebida no seio do DGE?
A.D. –
Penso que todos já têm a consciência de que há uma pressão muito grande no sentido de cada vez mais haver um processo e um percurso de investigação, por parte do Departamento e isso leva-nos à questão, por exemplo, do nosso grupo de investigação, o NECE – Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais – que está a ser remodelado, está a tentar congregar os esforços de investigação dos vários docentes.

U@O – Gestão e Economia são licenciaturas que trazem sempre muitos alunos à UBI e surgiu agora também o Marketing que lhes segue as pisadas, neste domínio. Há mais curso novos pensados para breve?
A.D. –
Ao nível das licenciaturas vamos, para já, ficar por aqui. Ao nível da pós-graduação, há já uma série de cursos que foram reestruturados e penso que o único que nunca funcionou foi o de Formação de Professores na área da Contabilidade e Economia. Esse está agora à espera de ser registado. Estamos também a estudar a implementação de cursos de especialização, mais direccionados para profissionais em áreas muito mais específicas. Há também outros cursos feitos através do CFIUTE, onde intervêm um grande número de docente do DGE, na vertente de ligação à comunidade.

U@O – Não atravessam assim períodos em que escasseia o número de alunos?
A.D –
Ainda não estamos nessa situação crítica. Obviamente que toda esta questão de Bolonha e da redução de uma licenciatura, primeiro de cinco para quatro e depois de quatro para três, pode colocar-nos alguns problemas, nomeadamente se depois não conseguirmos adaptarmo-nos através das pós-graduações. Caso isso não se verifique quer dizer que nós perdemos dois anos de alunos.
Mas até ao momento ainda não sentimos uma redução muito drástica no número de alunos. Falando das universidades do interior, penso que estamos tão bem ou melhor do que algumas. Falando no interior, porque é sempre diferente falar numa universidade do literal e numa universidade do interior.

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Temos de apostar muito forte na produção científica

Somos o Departamento com maior oferta formativa em pós-graduação

O grande desafio deste período é a implementação do Processo de Bolonha



"A partir do momento em que o corpo docente está todo doutorado, a aposta passa por investir na investigação"


Data de publicação: 2007-06-12 00:00:00
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