Voltar à Página da edicao n. 382 de 2007-05-29
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> <strong>José Geraldes</strong><br />

Maternidades, Frulact e Parkurbis

> José Geraldes

O ministro Correia de Campos foi à Guarda participar nos 100 anos do Sanatório Sousa Martins e anunciou a manutenção da maternidade. Ao mesmo tempo deu a conhecer a criação de uma Unidade de Saúde Local.
A gestão do Hospital e dos Centros de Saúde passa estar dependente de um único Conselho de Administração que tem as suas vantagens próprias em relação à racionalização das despesas e do pessoal médico e paramédico.
De forma unilateral e contrariando as declarações anteriormente repetidas de que a questão das maternidades caberia ao futuro Conselho de Administração dos Hospitais da Beira Interior, o ministro optou tomar uma decisão no mínimo polémica. E para que a maternidade possa funcionar nas devidas condições avultados investimentos passam a ser disponibilizados para a melhoria das suas instalações a par da requalificação de outras áreas do Parque de Saúde.
O ministro cria confusão ao anunciar também que seria criado um Centro Hospitalar da Beira Baixa a quem competirá decidir a manutenção das maternidades da Covilhã e Castelo Branco. Depois este Centro Hospitalar e a Unidade de Saúde Local da Guarda constituirão futuro Centro Hospitalar da Beira Interior.
A meio do jogo, como se diz, em linguagem desportiva, Correia de Campos alterou as regras e, agora, cada um que se amanhe. Mas a atitude do ministro é problemática, pois as gentes de Gouveia e Seia já recorrem habitualmente ao Hospital de Viseu. E, a Sul, a zona do Pinhal já vai para Coimbra.
Ao justificar com o maior número de partos na Guarda o tempo dirá se tem razão. Mas a decisão de Correia de Campos mais parece um recado e uma crítica velada ao comportamento de certos políticos e de pessoas colocadas em pontos nevrálgicos da vida colectiva da Beira Interior com ligações privilegiadas e que porventura pertencem à maioria que nos governa. Parece que estamos a assistir a jogos do poder e de politiquice em que se procura o interesse pessoal e não o real objectivo de se criarem serviços de saúde a contento. Será, como diz o povo, uma luta de “galos”?
Mas a Unidade de Saúde Local agora criado não resolve todos os problemas.
Então um Centro Hospitalar da Beira Interior servindo uma população de mais de 400 mil habitantes não terá maiores virtualidades para bem servir as populações? Aliás, a portaria que criou a Faculdade de Medicina contém todos os elementos para este Centro Hospitalar. E, claro, a manutenção das três maternidades torna-se mais que evidente.
Só mantendo em acção os hospitais do eixo Guarda-Covilhã- C.Branco com a Faculdade de Medicina como piloto, é que chegaremos a bom porto.
O Hospital da Covilhã tem um serviço técnico de maternidade de excelência. E quanto melhores médicos foram atraídos, ganhamos todos.
O Presidente da República vem inaugurar a Frulact, empreendimento de nível internacional na transformação da fruta, com sede na Covilhã que a Câmara Municipal conseguiu. A Frulact ganhou ex-aequo o prémio da COTEC pela inovação tecnológica que introduziu na distribuição da fruta nos mercados internacionais.
É um momento alto para a Covilhã e para a nossa vida colectiva. E é uma demonstração como no Interior também se podem adquirir padrões de excelência.
João Miranda, seu presidente, que foi também sócio fundador do Parkurbis, apesar de ser do Norte, com o investimento na Região e com a Medalha de Mérito Industrial passa a ser covilhanense.
O Parkurbis, ao receber Cavaco Silva, obtém o reconhecimento oficial como uma iniciativa em conjunto com a UBI de ser agora com mais autoridade a base tecnológica do desenvolvimento da Beira Interior.


Data de publicação: 2007-05-29 00:00:00
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