União dos Sindicatos diagnostica saúde no distrito

Até dia 18, a União do Sindicatos visita as unidades de saúde dos 11 concelhos do distrito, de modo a ter uma imagem mais real dos problemas que existem. Até porque este Governo, considera Luís Garra, só sabe “fechar e tirar”.

Até 18 de Maio a União dos Sindicatos de Castelo Branco, afecta à CGTP, vai visitar unidades de saúde nos 11 concelhos do distrito, no âmbito das Jornadas pelo Direito à Saúde. A iniciativa termina na noite da sexta-feira da próxima semana, no Cine-Teatro albicastrense, com um fórum para o qual foram convidados todos os partidos com assento parlamentar, para apresentarem as suas propostas na área da Saúde.
Durante as duas semanas extensões, centros de saúde e hospitais vão receber a visita dos sindicalistas. O objectivo é ouvir os profissionais do sector, os utentes e também os directores, “para termos uma ideia mais concreta do que se passa e o que são os legítimos anseios das populações”, explica Luís Garra, coordenador distrital da União dos Sindicatos.
O sindicalista frisa que a estrutura que dirige tem uma posição sobre as políticas na área da Saúde, discutidas no congresso da organização. Com as jornadas espera verificar se essas opiniões estão ou não desactualizadas ou reforçar a fundamentação do que defende.
“É preciso gerir bem os recursos, mas não tornar a Saúde num negócio”, frisa Luís Garra, para quem hoje se nota uma lógica privatizadora e economicista. O coordenador sindical critica as taxas nas cirurgias e o encerramento de serviços, para lembrar que “a constituição garante o direito à saúde, independentemente da situação económica” do cidadão.
“O Governo só sabe conjugar dois verbos: fechar e tirar”, reprova Luís Garra, que considera não serem tidos em conta factores como as acessibilidades e o isolamento das populações.
A anunciada constituição do Centro Hospitalar da Beira Interior, e a fixação e distribuição de valências na região são assuntos também alvo da atenção do sindicalista. Luís Garra considera que se tem seguido “a política do facto consumado, do secretismo”. Por isso pede aos responsáveis que informem o que vai ser feito e clarifiquem as pessoas sobre os serviços com que a região vai contar.
Para o debate de dia 18 de Maio, às 21 horas, foram convidados deputados dos seis partidos com representação no parlamento. “Para pôr em confronto projectos e políticas de todos os partidos”, frisa Luís Garra, que na conferência de imprensa se fez acompanhar das representantes sindicais Rosa Moreira e Cristina Hipólito. PSD, PCP e Bloco de Esquerda já confirmaram a presença.