Voltar à Página da edicao n. 378 de 2007-05-01
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A iniciativa do IPJ pretendeu recordar a importância da

IPJ comemora 25 de Abril com concurso de grafittis

O 33º aniversário do 25 de Abril serviu de mote a inúmeras actividades promovidas pelo IPJ de Castelo Branco. Direccionada para os mais jovens, a iniciativa procurou despertar o seu interesse e sensibilidade para a importância da data assinalada.

> Catarina Reixa

O Instituto Português da Juventude (IPJ) de Castelo Branco comemorou os 33 anos do 25 de Abril com uma série de iniciativas direccionadas, sobretudo, para os mais jovens. Esta foi uma forma de chamar a atenção dos mais novos para as conquistas da revolução de Abril.
As actividades tiveram início com um concurso de graffitis intitulado “O 25 de Abril é…”, em que participaram 12 jovens. O vencedor da prova foi Paulo Rodrigues, da Casa da Tapada da Renda, seguido por Bruno Rebelo e Ruben Micael, ambos da Escola Afonso de Paiva.
Esteve, ainda, patente ao público, nas instalações do IPJ, uma exposição de recortes de jornal de notícias de época alusivas à revolução.
O ponto alto das comemorações do 25 de Abril, promovidas pelo IPJ foi a conferência que reuniu várias personalidades de referência na vida política da região. Joaquim Morão, Maria de Lurdes Pombo, José Pires, Fernando Paulouro e Luís Garra foram as personalidades convidadas. O colóquio contou com a presença de mais de 200 jovens das escolas do 2º e 3º ciclo, secundárias e profissionais.
“O que representa para nós o 25 de Abril é de certeza diferente daquilo que representa para vocês” começou por dizer José Pires, moderador da iniciativa. Esta premissa deu o mote ao debate.
Luís Garra iniciou a sua intervenção recordando a sua infância, e como logo aos dez anos teve que ir trabalhar e não conseguiu continuar a estudar, referindo “acabávamos a escola e só alguns é que tinham hipótese de continuar, eu fui para alfaiate”.
Quando se dá a revolução, com 17 anos, Luís Garra lembra os jovens militares que contribuíram para a queda do governo, “eles perceberam que não era possível continuar a viver naquele regime, tal com perceberam que o país estava muito atrasado; não havia liberdade, nem se podia pensar”.
“O que eram este país e estas terras há 33 anos?” foi com esta questão que Joaquim Morão iniciou o seu discurso, que direccionou, sobretudo, para as condições de vida de antes e depois do 25 de Abril.
O autarca explicou que antes da revolução a precariedade caracterizava as condições de vida da maioria das pessoas: “Não tinham luz, nem água, não havia transportes, e os jovens não tinham condições para estudar”. O 25 de Abril veio contrariar estas limitações.
Maria de Lurdes Pombo destacou o papel da mulher antes 25 de Abril, referindo que na altura, a carreira militar, a magistratura e muitas outras profissões, eram vedadas às mulheres. O lema do Estado Novo, para as mulheres era de que deviam ser “boas mães, boas esposas e boas donas de casa”, explicou. Eleita 1ª deputada pelo distrito de Castelo Branco, Maria de Lurdes Pombo, considera fundamental a participação activa da mulher na vida política da região, pelo que tem incentivado outras mulheres a fazê-lo.
Na conclusão do colóquio, Fernando Paulouro mencionou o clima opressivo que dominava a sociedade, antes do 25 de Abril, “as pessoas não tinham direitos, como o de se expressar, ou reunir”, explicou.


A iniciativa do IPJ pretendeu recordar a importância da
A iniciativa do IPJ pretendeu recordar a importância da "Revolução de Abril"


Data de publicação: 2007-05-01 00:06:00
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