Voltar à Página da edicao n. 378 de 2007-05-01
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A Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVBI) aposta agora em seguros colectivos

Adegas apostam nos seguros de colheitas colectivos

As cinco adegas cooperativas dos distritos de Castelo Branco e Guarda, que compõem a Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVRBI), têm seguros de colheitas colectivos para os associados, disse à Lusa fonte da CVRBI. "Os seguros são colectivos e feitos por cada uma das cinco adegas cooperativas. Todas têm", adianta Rudolfo Queirós, responsável da CVRBI.

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As adegas associadas da CVRBI – Pinhel, Vila Franca das Naves e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda) e Fundão e Covilhã (Castelo Branco) – representam cerca de sete mil vitivinicultores para uma área de vinha de 16 mil hectares. Das cinco adegas cooperativas, a de Pinhel é a maior da Beira Interior e uma das maiores do país, contando com cerca de dois mil associados e três mil hectares de área, para uma produção anual de cerca de 19 milhões de quilos de uvas. Agostinho Monteiro, presidente da Adega Cooperativa de Pinhel (ACP), afirmou que a cooperativa assume o seguro de colheitas de 75 por cento dos seus associados. "Assume o seguro de todos, mas dá liberdade aos que, por razões diversas, não os querem fazer", afirma. Até ao ano passado, o prémio do seguro era descontado aquando da liquidação do valor das uvas, mas este ano a ACP vai adoptar um sistema misto: em caso de existirem prejuízos e o sócio tiver direito a indemnização, faz-se o acerto do valores a pagar e receber na liquidação. Se não tiver direito a indemnização, quando receber o valor das uvas é-lhe descontado o prémio do seguro. Os produtores de Pinhel são dos últimos do país a procederem à vindima - entre os dias 20 de Setembro e Outubro - sendo que a geada e granizo são as maiores catástrofes naturais com que se debatem. "Este ano já houve alguns prejuízos com a geada, mas ainda não estão quantificados", disse Agostinho Monteiro.
Em Pinhel, nos últimos quatro anos, foram plantadas cerca de 200 mil videiras novas ao abrigo do programa de reconversão, na grande maioria para produção de vinho tinto. A produção da região da Beira Interior cifra-se, anualmente, nos 35 milhões de litros, 60 por cento tinto, embora seja esperado que essa percentagem aumente nos próximos anos, ao abrigo de um programa de reconversão da vinha. "É uma consequência do mercado, nos restaurantes 90 por cento do vinho que as pessoas pedem é tinto e os produtores estão a fazer a reconversão da vinha", disse o responsável da CVRBI.


A Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVBI) aposta agora em seguros colectivos
A Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVBI) aposta agora em seguros colectivos


Data de publicação: 2007-05-01 00:01:00
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