Voltar à Página da edicao n. 376 de 2007-04-17
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A conferência decorreu no Edifício das Engenharias, na UBI

Professor Russo analisa dinâmicas em sistemas orbitais

Numa sessão imprópria para leigos, os alunos de Engenharia Electromecânica ouviram o professor e investigador principal do Centro de Computação da Academia Russa das Ciências de Moscovo, Alexander Burov, falar sobre dinâmicas regulares e caóticas em sistemas orbitais.

> Stephane Oliveira

A iniciativa decorreu na sala 9.11 do Edifício de Engenharias da UBI e enquadrou-se na série de conferências “Dinâmica dos sistemas mecânicos.”
Portugal é um dos países membros da ESA, a Agência Espacial Europeia, e o interesse por assuntos desta natureza é fruto de um potencial mercado que se tem vindo a abrir. O convite a um professor russo justifica-se porque a escola espacial russa tem bastante tradição nesta matéria, e herdou da União Soviética um vasto leque de conhecimentos em tecnologias espaciais.
Muitas das noções actuais sobre o espaço devem-se à corrida espacial ocorrida durante o período da guerra-fria, onde pontificaram duas potencias rivais que com as suas disputas aceleraram as descobertas e o avanço da ciência. Esses dois países foram a URSS e os Estados Unidos. Apesar de a vitória ter proclamada e aceite por todos como sendo dos americanos, com a aterragem na lua de Neil Armstrong e Edwin Aldrin, no ano de 1969, os comunistas podem afirmar que foram os primeiros a terem posto um homem em órbita no espaço: Yuri Gagarin.
Ainda hoje uma grande parte dos satélites no espaço são russos, e ninguém se esquece de importantes estações como a MIR. Contudo, não foi esta a temática, nem foi este o motivo do convite endereçado a Alexander Burov. Numa sala com cerca de 15 alunos Burov foi convidado a explicar como se regista o comportamento dos sistemas orbitais. O primeiro exemplo mencionado foi o dos sistemas regulares. Para explicar este processo compara-se ao de um objecto pequeno a que habitualmente se chama pêndulo, e que se liga a um satélite pesado que se move ao longo de uma órbita circular.
Já no caso dos movimentos caóticos que um satélite apresenta sobre uma órbita elíptica, o processo é distinto. O movimento caótico dum satélite é efectuado por um sistema, que tendo sido colocado duas vezes praticamente na mesma posição, se encontra, depois de um certo tempo, em posições completamente diferentes, fazendo com que não se possa prever onde ficará o satélite com base nas movimentações anteriores. Em tecnologia espacial é «muito importante identificar o tipo de comportamento de um mecanismo destes no espaço, pois, dada a sua imprevisibilidade, será fulcral clarificar, pelo menos, as características principais dos seus movimentos, como, por exemplo, a amplitude das oscilações», explicou ao Urbi, Anna Guerman.


A conferência decorreu no Edifício das Engenharias, na UBI
A conferência decorreu no Edifício das Engenharias, na UBI


Data de publicação: 2007-04-17 00:01:00
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