Bloco de Esquerda volta a agitar as águas

Depois das instâncias judiciais terem negado a providência cautelar interposta pelo Bloco de Esquerda contra a venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã, é a vez da líder bloquista na “cidade neve” interpor uma acção a título individual.

Ana Monteiro, deputada da Assembleia Municipal da Covilhã eleita pelo Bloco de Esquerda subscreve agora uma providência cautelar interposta com o sentido de travar a venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã. O objectivo e as finalidades dos bloquistas continuam a ser as mesmas que levaram os representantes desta força política a interporem uma outra providência nos tribunais. Uma acção que acabou por não ter seguimento jurídico uma vez que “o requerimento dizia respeito ao directo de acção popular, mas esta mão tem por sujeitos activos os partidos políticos”. Desta forma, a providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco deu lugar a uma nova acção, agora interposta pela líder bloquista Ana Monteiro.
A autarquia covilhanense reagiu entretanto, através de comunicado. Segundo o documento enviado aos órgãos de comunicação social, os requerentes devem, “caso o processo de venda não avance”, suportar os dividendos em causa nesta venda. Carlos Pinto, presidente da autarquia serrana diz que não vai mais comentar estes casos. Até porque, “qualquer palavra que eu diga referente aos casos do Bloco de Esquerda é uma perda de dinheiro”.