Voltar à Página da edicao n. 373 de 2007-03-27
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Rita Vaz, estudante de Medicina na UBI, é a coordenadora nacional da Juventude Nacionalista

Nacionalistas concorrem à academia da UBI

O núcleo mais forte da Juventude Nacionalista (JN) “está na região da Beira Interior”. Quem o garante é Rita Vaz, coordenador nacional deste movimento e estudante de Medicina na UBI. Ainda este ano esperam concorrer à Associação Académica.

> Eduardo Alves

Na t-shirt preta está uma frase em letras brancas, “Born to be wild”. Talvez um conceito que pode definir o modo de vida de Rita Vaz. A jovem lisboeta de 23 anos é actualmente a coordenadora nacional da Juventude Nacionalista. Estudante de Medicina na Universidade da Beira Interior há cerca de um ano, Rita Vaz confessa que é nas cidades da Guarda, Covilhã e Castelo Branco “que se centra um dos mais fortes núcleos da juventude nacionalista”. Este movimento associado ao Partido Nacional Renovador (PNR) começa agora a apostar forte nas faixas etárias mais novas “porque há muitos jovens descontentes com o estado da Nação”.
Aos 17 anos alistou-se no PNR. “Era a única rapariga do grupo e sempre fui bem tratada”. Desde essa altura “com mais dois elementos” que ficou a dirigir a facção da JN. Passou depois, há cerca de três anos “para a coordenação nacional”.
Coincidência ou não foi com a vinda para a Covilhã, para o curso que sempre desejou, que descobre também um dos maiores e mais bem organizados núcleos de jovens nacionalistas. Neste momento, na região Centro “somos cerca de 40, com idades entre os 17 e os 26 anos”.
O trabalho começou a acelerar e segundo a coordenadora nacional, o movimento está bem organizado e “todas as semanas realizam-se várias actividades”. Tal impulso leva Rita a adiantar os planos futuros dos jovens nacionalistas nas instituições beirãs. A estudante de Medicina da UBI garante que já nas próximas eleições de Outubro “vamos apresentar uma lista para a Associação Académica da UBI”. Neste primeiro ano, “passará por um grupo apolítico, semelhante ao que concorreu esta semana à academia da Universidade Nova de Lisboa”. Daqui a dois anos, “tenho a certeza absoluta que vamos concorrer com uma lista constituída apenas por jovens nacionalistas”. Uma certeza que Rita Vaz reforça com números. A militante da JN garante que na UBI “há cerca de 15 ou 16 simpatizantes nacionalistas”. Número que os responsáveis partidários esperam que venha a aumentar.
“Somos um movimento como outro qualquer e se há liberdade de expressão neste País porque é que nós não podemos também exprimir as nossas ideias”, questiona a estudante de Medicina. A reivindicação assume contornos mais definidos quando questionada sobre estas novas “movimentações” dos nacionalistas. Segundo Rita Vaz, há muito que “a JCP domina as academias e as escolas portuguesas, agora é tempo de isso mudar”. Para além da AAUBI, os nacionalistas esperam avançar com candidaturas para as associações de estudantes, ao nível do secundário, na Guarda e em Castelo Branco. Já na Covilhã “temos encontrados mais barreiras”.
Mas toda a história deste tipo de movimentos tem vindo a ser marcada por acções violentas, posições radicais e episódios trágicos, como o do assassinato do jovem cabo-verdiano Alcino Monteiro, no Bairro Alto, em Lisboa, por um grupo de skinheads. Rita Vaz confessa que nas listas que concorreram esta terça-feira à academia da Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa está um elemento “envolvido no processo do Bairro Alto”. A dirigente adianta também que dentro do movimento “que é uma grande família” há que seja apoiante de várias causas como o skinheads e outros. Mas acredita que “agora as coisas estão a melhorar”.
Contudo nesta “grande família” existem posições bem conjuntas. Uma delas passa pela imigração. Os jovens nacionalistas “estão contra esta imigração de massas”. Uma posição que “temos de defender”. Como também defendem que “o 25 de Abril veio estragar este País”.

> nois3s @ hotmail . com em
Esta menina precisava de umas lições de história... Se não tivesse havido 25 de Abril, ela não estava alí a dar aquela entrevista, a JN e o PNR não existiriam (bem como todas as outras associações de cariz politico). Não sou da UBI mas sou da Beira Interior, e uma zona tão prejudicada com o marasmo da ditadura Salazarista nunca vai admitir o regresso do totalitarismo politico!

> marcoloureirobe @ hotmail . com em 2007-04-02 12:39:14
É muito lamentável que esta jovem diga que o 25 de Abril veio estragar Portugal! Está a esquecer-se que se não fosse o 25 de Abril não existia liberdade de expressão! Sim porque antes do 25 de Abril não podiam existir movimentos associativos eleitos com democracia!Democracia essa que os nacionalistas são contra! Existe muita contrariedade no discurso dos nacionalistas, pois mais parecem uns verdadeiros fascistas! Acredito que os estudantes da UBI nunca vão permitir que os nacionalistam tomem conta da Associação Académica da UBI, pois eleger Nacionalistas é voltar à Ditadura!, ao totalitarismo, à censura, à falta de Liberdade! Viva o 25 de Abril!Sempre...Sempre!

> viriax @ gmail . com em 2007-04-03 11:44:53
sim de facto, a Ditadura,o totalitarismo, a censura e a falta de Liberdade, já se vive nas ruas da Covilhã, quando a própria JN usa os mesmos meios que a oposição politica usa para divulgar as suas ideias, e de um momento para o outro somos ostracisados e sensurados... essa é a liberdade de expressão, o totalitarismo vigente do PCP e seus lacaios na Covilhã. Avante Camaradas, que nós cá estamos para o Combate!


Rita Vaz, estudante de Medicina na UBI, é a coordenadora nacional da Juventude Nacionalista
Rita Vaz, estudante de Medicina na UBI, é a coordenadora nacional da Juventude Nacionalista


Data de publicação: 2007-03-27 00:02:00
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