Voltar à Página da edicao n. 372 de 2007-03-20
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Em caso de acidente com matérias químicas perigosas, os Bombeiros da Guarda não têm meios de combate adequados

Bombeiros da Guarda sem meios

A falta de uma viatura de intervenção química (VIQ) foi o principal problema detectado num simulacro realizado na Guarda, no âmbito do teste nacional ao sistema de protecção civil e socorro.

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Segundo o comandante dos bombeiros da Guarda, Luís Santos, a corporação dispõe de meios para uma primeira intervenção em sinistros rodoviários que envolvam o transporte de matérias perigosas, mas caso seja necessária uma actuação m ais específica, a VIQ mais próxima encontra-se em Coimbra.
O simulacro realizado entre as 22 horas e 30 de sábado e as 00 horas e 30 de domingo na Estrada Nacional 16, junto da localidade de Cavadoude, constou de um choque frontal entre dois camiões que transportavam matérias perigosas, seguida de derrame, explosão e incêndio florestal. Tendo em conta que na Guarda se cruzam duas auto-estradas (A-25 Aveiro - Vilar Formoso e A-23 Guarda-Torres Novas) por onde passam diariamente camiões que transportam matérias perigosas, o comandante considera que faz todo o sentido sedear uma viatura de intervenção química na cidade. "Não era necessário um carro de topo, mas um veículo intermédio que fiz esse face a uma primeira intervenção, para fazer contenção e transporte, com fatos integrais de aproximação e aparelhos de medição", disse Luís Santos.
A mesma preocupação foi manifestada por Granja de Sousa, coordenador do serviço municipal de protecção civil da Guarda: "A maior parte das matérias perigosas passa por aqui. A VIQ mais próxima está sedeada em Coimbra e se ocorrer uma fuga numa dessas cisternas não sei como vai ser". "Nós temos capacidade para evacuar as pessoas, o problema é estancar o líquido, porque a viatura demora cerca de três horas a chegar à Guarda", aponta. Segundo Granja de Sousa "devia ser instalada na Guarda uma VIQ, porque é um ponto fundamental e daria para intervir nas auto-estradas A-25 e A-23, desde Castelo Branco a Viseu". No Distrito da Guarda, o exercício nacional também contemplou a realização de simulacros em Almeida, Celorico da Beira, Gouveia, Seia e Vila Nova de Foz Côa.
Seara Pires, segundo comandante operacional distrital, disse à Lusa que em algumas situações foram detectadas "falhas ao nível da organização, mas penso que serão facilmente ultrapassadas com formação virada especificamente para este contexto". No simulacro realizado no concelho da Guarda participaram 55 homens e 15 viaturas das corporações de bombeiros da Guarda, Gonçalo, Trancoso, Celorico d a Beira e Folgosinho.


Em caso de acidente com matérias químicas perigosas, os Bombeiros da Guarda não têm meios de combate adequados
Em caso de acidente com matérias químicas perigosas, os Bombeiros da Guarda não têm meios de combate adequados


Data de publicação: 2007-03-20 00:00:00
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