Voltar à Página da edicao n. 371 de 2007-03-13
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O Bloco de Esquerda vai analisar todo o processo

Dirigente do Bloco de Esquerda em tribunal

As declarações proferidas por Bruno Patrício Pereira resultaram agora na instauração de um despacho de acusação por parte do Ministério Público da Covilhã. O dirigente do Bloco de Esquerda adianta que já esperava esta decisão.

> Eduardo Alves

Quem adianta a informação é a própria Câmara Municipal da Covilhã. Em comunicado em imprensa, a autarquia serrana dá conta da decisão do Ministério Público da Covilhã que decidiu enviar para julgamento o Bloco de Esquerda e o seu dirigente, Bruno Patrício Pereira, acusado de cinco crimes de difamação.
No documento enviado à Imprensa ao final da tarde de ontem, segunda-feira, 12 de Março, a autarquia refere que “o Ministério Público acaba de deduzir despacho de acusação no inquérito instaurado contra o representante do Bloco de Esquerda no âmbito de um processo em que era acusado de difamação”.
Tal decisão acrescenta o comunicado, deve-se “às declarações proferidas em conferência de imprensa e veiculadas em diversos órgãos de comunicação social que contendem com a honra, prestígio, idoneidade, bom nome, reputação e consideração social do visado Município da Covilhã, seu presidente e vereadores”.
O documento emitido pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da autarquia serrana não apresenta a assinatura do presidente da edilidade nem de qualquer vereador camarário. Outra das referências feitas ao despacho de acusação serve para acrescentar que tal deve-se também ao facto “do arguido agir de forma voluntária, livre e conscientemente bem sabendo ser-lhe proibida e punida por lei penal a sua conduta. Com a conduta descrita incorreu o arguido, na prática de cinco crimes de difamação”.
A Câmara da Covilhã refere ainda que foi instaurado pela Ordem dos Advogados, através do Conselho de Deontologia de Coimbra, a Bruno Pereira, um processo de inquérito pela prática dos mesmos crimes.
O representante do Bloco de Esquerda, em declarações ao Urbi et Orbi explica que “esperava esta decisão”. Na óptica de Bruno Pereira, “esta é mais uma manobra de intimidação”. Pereira explicou também que ainda não teve conhecimento de qualquer decisão do Ministério Público, nem tão pouco pode avançar detalhes sobre o processo “uma vez que está em segredo de justiça”. O representante do Bloco garante que “a confirmarem-se as práticas da autarquia, a Câmara da Covilhã vai ser alvo de um processo-crime por violação do segredo de justiça”. Bruno Pereira diz que o conteúdo do comunicado de imprensa viola as regras judiciais e por isso mesmo “o Ministério Público vai ter agir contar a edilidade”.
O dirigente bloquista não se mostrou surpreso com esta decisão, mas não quer adiantar declarações sobre o referido processo. De momento Pereira diz apenas que vai reunir com os restantes membros do partido de onde saíra uma decisão final para este caso.


O Bloco de Esquerda vai analisar todo o processo
O Bloco de Esquerda vai analisar todo o processo


Data de publicação: 2007-03-13 00:10:00
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