Voltar à Página da edicao n. 371 de 2007-03-13
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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O presente em “efeito donut”

> Igor Costa

“Há uns teóricos de urbanismo que lhe chamam efeito donut. Nós vamo-nos expandindo para as periferias, e vamos deixando aquilo que são os centros”, constata João Carlos Lanzinha. Inquirido sobre a forma como se tem construído na Covilhã, o docente refere aquilo que foi a sua tese de doutoramento. No documento, o investigador refere o papel que deve ocupar a preservação da “memória histórica”, patente no património edificado. Na prática, trata-se de requalificar os centros históricos, de forma a torná-los atractivos para a população mais jovem. “Eu não vou discutir aqui as opções de planeamento, e o futuro dirá. É evidente que precisamos sempre de zonas novas, de alguma renovação. Até porque isso é mais evidente para quem toma as decisões, poder apresentar coisas novas”, refere o professor, entre sorrisos.
Ainda assim, João Carlos Lanzinha não esquece a parte de culpa que cabe à população em geral: “Hoje, o padrão de exigência das pessoas também deve ser diferente”. Diz o professor da UBI que os jovens e as famílias deveriam ganhar gosto por viver nos centros históricos e nas zonas das cidades em que o comércio é vivo, com casas mais pequenas, mais adequadas e mais económicas”. Para além disso, os benefícios ambientais seriam notórios, com a diminuição do trânsito automóvel, por exemplo. Para João Carlos Lanzinha trata-se de um problema cultural: “Digamos que há aqui padrões culturais de exigência pessoal que também são importantes e que devem ser ensinados e fazer parte do usufruto e da cultura das pessoas”.

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Data de publicação: 2007-03-13 00:00:00
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