Voltar à Página da edicao n. 371 de 2007-03-13
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A Beira Interior vai agora ganhar uma rota da arte rupestre

Futura Rota da Arte Rupestre apresentada na Guarda

O mês de Março marca a apresentação da futura Rota da Arte Rupestre na Beira Interior. Um roteiro que pretende valorizar todo o espólio existente nos dois distritos, desde Foz Côa a Mação.

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O esboço da futura "Rota de Arte Rupestre na Beira Interior", que vai de Mação a Foz Côa, deverá ser apresentado este mês às várias entidades envolvidas no projecto. O roteiro está a ser preparado por diversas entidades dos distritos da Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre, que estiveram reunidas, no mês passado, no Governo Civil da Guarda e decidiram dar seguimento à ideia que pretende rentabilizar as potencialidades culturais da região e terá a auto-estrada A-23 (Torres Novas/Guarda) como "espinha dorsal".
Luiz Oosterbeek, técnico do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo (Mação) e António Martinho Baptista, director do CNART (sedeado em Vila Nova de Foz Côa), ficam com a responsabilidade de elaborar um primeiro esboço do roteiro, adianta José Afonso, director da delegação de Castelo Branco do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). O plano "apoia-se no facto de estarem em fase de criação infra-estruturas museológicas nos dois extremos da região (Mação e Foz Côa), que constituirão as portas de entrada naturais no roteiro", refere o responsável.
Para além do Parque Arqueológico do Vale do Côa/Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa, principal infra-estrutura do roteiro, e do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, o projecto incluirá diversos centros de interpretação da Arte do Vale do Tejo em Vila Velha de Ródão e em Nisa ou do Centro de Interpretação do Poço do Caldeirão, na Barroca, adianta. O projecto que visa divulgar e rentabilizar o património arqueológico existente na Beira Interior englobará a elaboração de um guia turístico, terá logótipos próprios, DVD's, painéis em locais de referência e um portal na Internet. Segundo José Afonso o projecto está a ser preparado pelas Câmaras Municipais de Mação (Distrito de Santarém), Vila Velha de Ródão e Fundão (Castelo Branco), Niza (Portalegre), Vila Nova de Foz Côa e Pinhel (Guarda), IPPPAR, IPA (Instituto Português de Arqueologia) e CNART - Centro Nacional de Arte Rupestre, entre outros.
No final da segunda reunião de trabalho, o director da delegação do IPPAR de Castelo Branco, disse que, no encontro, "adiantaram-se algumas linhas de orientação e estiveram presentes entidades que irão dar um apoio muito grande à concretização deste projecto". "Estamos na fase de projecto e assim que ele esteja concluído será leva do à apreciação das entidades superiores", acrescenta, sublinhando a necessidade de garantir um esboço que possa ser candidatável e financiado. Disse ainda que para além das instituições já envolvidas "é importante que as entidades ligadas ao turismo também se venham a articular", admitindo que o produto final será uma mais-valia para a Beira Interior. "Ao nível da arte rupestre, Portugal tem condições para ser um dos pólo s importantes em todo o mundo", assinala.
E admite ainda que "o turismo cultural a nível da Europa já é gerador de maior riqueza do que a própria indústria do automóvel", daí que nesta matéria a região possua "uma riqueza incalculável que é preciso usar para valorizar e tirá-la do fosso em que está".
No encontro, foram referidos alguns receios face à futura orgânica do IPPAR e do IPA mas a governadora civil da Guarda, Maria do Carmo Borges, salienta que "embora estando em mudança [os dois organismos] nós não podemos parar, tem os que continuar". "A Arte Rupestre está lá e os presidentes de Câmara estão motivados, estão com a mesma ideia de divulgar a cultura", disse.


A Beira Interior vai agora ganhar uma rota da arte rupestre
A Beira Interior vai agora ganhar uma rota da arte rupestre


Data de publicação: 2007-03-13 00:00:00
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