Furtos de cobre também chegaram à região

O furto de cobre, em locais como os caminhos-de-ferro ou as linhas telefónicas, tornaram-se no último ano um crime com visibilidade no País e também na região.

Em 2006, na área de intervenção do destacamento da Guarda Nacional Republicana da Covilhã, foram feitas quatro queixas e detidos três homens em flagrante, que se encontram em liberdade a aguardar julgamento.
Os indivíduos, naturais do concelho da Covilhã, foram surpreendidos pela GNR de Belmonte quando retiravam fios de cobre da linha ferroviária, em Maçainhas. O alerta foi dado por funcionários da Refer, quando a automotora passou no local e acharam estranha a presença das três pessoas junto à linha. Um dos envolvidos, diz o comandante da GNR da Covilhã, David Martins, trabalhava na área. As outras duas queixas apresentadas referem-se a um crime no Teixoso e outro na Covilhã.
Este género de furtos acontece normalmente em locais isolados, facilmente acessíveis. “É um crime fácil de efectuar e que dá muito lucro”, frisa David Martins. O tenente acrescenta que os metais são normalmente vendidos a sucateiros, que depois os transformam e revendem. Depois de derretido e vendido à indústria metalúrgica, torna-se muito difícil detectar a sua origem. O cobre é o metal mais procurado, dada a sua valorização e facilidade de escoamento.
Este tipo de crime começou a verificar-se, segundo David Martins, de há um ano para cá e há directivas do comando superior para reforçar o patrulhamento.
O comandante da GNR da Covilhã alerta ainda para o perigo que representa este comportamento. “Até para os próprios, se não usarem o material adequado”. Mas a segurança da circulação ferroviária, as comunicações telefónica e o fornecimento de energia podem também ser postos em causa.
No distrito, as queixas recebidas pela GNR totalizam 21. Na Guarda dez. Mas o distrito mais afectado é Coimbra, com 119 participações. A maioria, 96, relativas a furtos de cobre. Segue-se Aveiro, com 109 e 53 envolvendo cobre. Em 39 casos foi levado alumínio e por 15 vezes os meliantes desviaram os dois metais. Em Viseu a GNR recebeu 42 queixas.