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O autarca de Gouveia não quer ver as urgências do hospital encerradas

Autarca de Gouveia ameaça com demissão

O presidente da Câmara de Gouveia, Álvaro Amaro (PSD), ameaça demitir-se caso se verifique o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), previsto pelo Governo no âmbito da reorganização das urgências.

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"Não sou homem de desistir, mas caso perceba que é por minha causa que o SAP encerre, de imediato apresento a minha demissão", disse o autarca, durante uma sessão pública de esclarecimento sobre a reorganização dos serviços de saúde na passada semana, no Cineteatro de Gouveia. Álvaro Amaro fazia assim alusão ao facto de pertencer ao PSD e isso poder, segundo insinuou, influenciar o encerramento previsto do SAP de Gouveia.
O autarca disse não compreender que o centro de saúde local, venha a perder o SAP, apesar de enquadrado na maioria dos critérios estabelecidos para a manutenção destes serviços – agora denominados Unidades Básicas de Urgência - e tendo um edifício novo que custou três milhões de euros, com capacidade para dez camas e diversas especialidades. Já no final de Novembro, a Associação Nacional de Municípios Portugueses criticou a decisão do Governo de encerrar SAP que estão a ser modernizados ou tiveram obras de recuperação recentemente, entre os quais o de Gouveia. Actualmente o SAP de Gouveia tem uma média de atendimentos de 2,7 pessoas por noite, uma das mais altas taxas nas localidades da região sem unidades hospitalares, que não chega no entanto à meta de dez atendimentos/noite apontados pelo Governo para a manutenção destes serviços.
A coordenadora da sub-região de saúde da Guarda, única representante da tutela, dada a ausência do director regional, Fernando Regateiro, também convidado, desdramatizou a situação. Nunca referindo o efectivo encerramento do SAP, Isabel Coelho, destacou as potencialidades do novo edifício, como a possibilidade de utilizar as dez camas para efectuar pequenas cirurgias com internamento, ou a criação de consultas de especialidade. "O concelho de Gouveia é o que no distrito tem um maior número de dependentes", afirmou a responsável, defendendo o novo edifício pode ser de grande utilidade na área dos cuidados continuados.
A sessão de esclarecimento serviu, segundo Hélder Almeida, assessor da presidência da autarquia, para "esclarecer as pessoas, mas também para pressionar o Governo a dar uma plena utilização a esta infra-estrutura", antes de a Câmara de Gouveia "partir já para outras formas de luta", como tem acontecido "em outras localidades. Apresentado no início de Outubro do ano passado, o relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a reorganização das urgências prevê o encerramento de 14 urgências hospitalares e a criação de uma rede com três tipos de serviços de urgência: básica, médico-cirúrgica e polivalente, num total de 83 serviços.


O autarca de Gouveia não quer ver as urgências do hospital encerradas
O autarca de Gouveia não quer ver as urgências do hospital encerradas


Data de publicação: 2007-01-16 00:00:00
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