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“Temos de definir onde queremos ser os melhores”

> Eduardo Alves

U@O – Enquanto presidente da Unidade Científico-Pedagógica da Ciências Exactas, já tem algumas linhas de acção para o seu mandato?
P. M. –
Num dos documentos que fiz chegar recentemente aos presidentes dos Departamentos pedi que identificassem cinco aspectos que julguem essenciais preservar ou desenvolver. Também solicitei que, no prazo de um mês a dois meses, me fizessem chegar três aspectos que gostariam de mudar na UCP. E identificar três aspectos que venham de forma externa interferir com a UCP. Uma fusão da UBI, um aglomerar de universidades, por exemplo, isto para nós estarmos preparados. Também a nível interdepartamental também temos de definir onde queremos ser os melhores, tal como numa empresa, onde se aposta no produto ou no serviço. Aqui passa por definir se é o output de patentes, se é o ensino que damos aos alunos, ou outros aspectos. Temos de definir o que vale no mercado, o que nós produzimos de valor. Tudo isto para que quem escolha a UBI saiba que o faz porque se vai valorizar. Temos de ser capazes de fazer mais e melhor, com menos. A parte de diferenciação entre Universidades é feita através dos centros de excelência. Estes têm de ser criados na UBI de forma a funcionarem como guia, como orientação para os futuros alunos. É fundamental ter isso.No que respeita à investigação vou reunir com a responsável pela Biblioteca Central para analisar a literatura que existe nas várias áreas das Ciências Exactas e tentar melhorar isso. O professor Paulo Almeida, do Departamento de Química também já avançou com a ideia de premiar as melhores investigações feitas na UBI, assim como ter mais apoio no Inglês para que as pessoas possam publicar mais e melhor nesta língua.
É preciso também instituir workshop’s, colóquios ou até seminários entre os diversos Departamentos e Faculdades, para tentar criar sinergias e ser inovador na inovação. Mas obrigar as pessoas a estarem presentes, porque não podem encarar estas coisas como um hobbie. Temos de estimular os colegas a ter mais resultados e a publicar. Ter os catedráticos a ajudar, a supervisionar, nem que seja de forma difusa, aqueles que querem publicar e dar benefícios a essas pessoas, que publiquem. Nesta universidade há pessoas que investigam muito e bem e temos de as aproveitar para credibilizar a instituição. Mas para isso é preciso que haja uma liderança que reconheça quem investiga e bem. Tal como numa empresa quando existe um mau líder acaba por ser absorvida por outras ou falir, mas quando a liderança é a melhor essa empresa cresce e é ela quem abarca as restantes.

U@O – No que respeita à ligação à comunidade envolvente tem realizado palestras com escolas da região. Isso é para continuar?
P. M. –
É de enaltecer, na parte da Química, serviços de análises às empresas e às câmaras municipais, no Departamento de Física, as consultas de Optometria e na Matemática com as lições para os alunos de 12º ano. Mas há mais algumas coisas que têm de ser feitas.
A principal aposta será trazer as pessoas à UBI. A população têm de vir aqui e tomar conhecimento com as cantinas, com as residências, com a cidade. As pessoas têm de participar e têm de se sentir desde logo a UBI.
Vou também ter um programa na RUBI, onde para além de divulgar música clássica e cultura científica tentarei dar voz às pessoas e ver o que é preciso fazer. Devíamos também constituir uma Comissão Editorial Científica para estar à frente de todo o tipo de publicações. As várias UCP’s poderiam organizar fóruns onde participem os alunos, os professores e os empresários das escolas e das entidades localizadas nas regiões próximas da UBI, para que eles nos digam o que acham que os nossos cursos devem ter para ser mais atraentes para os alunos e também para eles. Desta forma conseguimos tentar também saber junto das empresas o que é que elas necessitam da UBI e o que esperam desta instituição.
Incentivar mais a realização das ideias que os alunos têm no final do seu primeiro ciclo. Através de um Comité Científico, a universidade podia criar um sistema de atribuição de micro-créditos aos alunos finalistas e propor-lhes que submetam ideias e criações de projectos, por mais loucos que eles sejam. A UBI tem de criar, em conjunto com o Parkurbis este tipo de iniciativas. Veja-se o exemplo do telemóvel. Há vinte anos ninguém usava telemóvel e há cinquentas isso existia apenas nos filmes de ficção científica. Mas é preciso apostar na juventude e nas boas ideias para mudar o actual cenário.
Nós não podemos apregoar só qualidade e diferença temos de liderar nesses dois aspectos, temos de dar o exemplo. São as pessoas que fazem e que são essa qualidade e diferença.

Há que reconhecer quem investiga, quem é autónomo

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A captação de novos alunos deve estar primeiro que tudo



"A diferenciação entre universidades é feita através dos centros de excelência"


Data de publicação: 2007-01-09 00:00:00
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