Falta de verbas adia recuperação da Capela do Mileu

A recuperação de toda a Capela do Mileu e a instalação das redes eléctrica e sonora da Sé da Guarda vão ser novamente adiadas devido a falta de verbas.

José Afonso, director regional de Castelo Branco do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), lamentou, no final do seminário “Património Religioso”, a redução do orçamento, prevista para este ano, que não chega para colmatar todas as necessidades. O IPPAR tinha previsto um orçamento de um milhão de euros para intervir na Beira Interior mas, neste momento, têm apenas cem mil euros.
Durante o seminário o director regional alertou para um maior cuidado com o património religioso para que não sejam necessárias intervenções muito pesadas. Visto que as obras atingem volumes e custos exorbitantes, José Afonso, chamou a atenção para a preservação das mesmas, desde as condições de limpeza, a humidade e a luz, o transporte e recuperação das peças, que devem ser entregues apenas a profissionais.
No encontro, destinado aos párocos, D. Manuel Felício, bispo da diocese da Guarda, referiu que é necessária a inventariação das obras, mas explica que é um percurso lento. Segundo o bispo, o património religioso tem uma mensagem, um código de interpretação, e é necessário que após o processo de inventariação exista alguém que saiba o que significam.