“A experiência da Saúde foi aliciante”

U – Uma primeira ajuda solicitada a este Conselho Científico passa pela revisão dos critérios dos concursos para docentes. O que acha que deverá ser alterado?
J. Q. – Este é um tema que vai ser debatido com as cinco Unidades, mas que eu quero que parta dos Departamentos. Isto é, cada uma das comissões científicas dos Departamentos vai debater este assunto, vai haver alguma uniformização dentro da Unidade Científico-Pedagógica e depois essas conclusões são encaminhadas ao Conselho Científico.
Os critérios que tenho para mim, derivados da área onde trabalho e faço investigação e onde participo em júris de provas nacionais e internacionais, para agregações, cátedras e não só, são extremamente exigentes e são critérios com os quais eu concordo. Mas também reconheço que há áreas científicas na Universidade cuja qualidade não se mede desta forma. Temos de objectivar e olhar para cada área científica como uma entidade própria, mas temos também de colocar objectivos ambiciosos. Vamos dar um sinal à universidade e ao nosso corpo docente no sentido de terem de investir na qualidade para alcançar as metas dentro da universidade.

U – Dirigiu a equipa responsável pela instalação da FCS e, sobretudo, o curso de Medicina. Qual o balanço que faz dessa experiência?
J. Q. – A FCS tem desafios que pela sua especificidade, provavelmente nunca se colocaram noutras áreas do conhecimento. A experiência foi positiva e aliciante, embora não tenha sido fácil. Mas o projecto da Faculdade de Ciências da Saúde tem objectivos muito vastos.
No caso da Medicina temos já uma experiência de seis anos, já montámos um a um todos os anos e vou agora criar um grupo de reflexão dentro da faculdade, para reflectir sobre o que correu bem e menos bem e fazer pequenos ajustamentos. Vamos ver também, de que forma, houve algum impacto nos hospitais e nos serviços, pela presença dos nossos alunos. Mas neste momento os objectivos passam também pela total instalação dos outros dois cursos que temos na faculdade, que são os cursos de Ciências Farmacêuticas e Ciências Biomédicas. É um desafio que ainda temos e estamos a trabalhar nele.
Outro dos aspectos que não posso deixar de referir é a existência do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, que é único e que congrega todas as áreas específicas dentro da Saúde para um objectivo comum, onde se faz investigação clínica e suporta o ensino.

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