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A celebração do protocolo teve lugar na secção da Covilhã da Ordem dos Advogados

Distrito ganha três novos gabinetes de apoio à vítima

A Covilhã foi a cidade escolhida para a assinatura de um protocolo entre o Governo Civil de Castelo Branco e a Ordem dos Advogados. Dar apoio judicial às vítimas de violência doméstica é o objectivo desta parceria.

> Eduardo Alves

Isabel, 56 anos, natural da cidade do Porto, professora aposentada do Ensino Básico. Durante toda a sua vida de casada nunca teve acesso a um só centavo do seu ordenado. O marido, director bancário, para além de lhe infligir maus-tratos físicos conseguia manipular todas as suas finanças e movimentos sociais. Uma situação que se arrastou durante três décadas e que era do conhecimento da família e vizinhos. Nos últimos tempos, Isabel assistiu ao suicídio de um dos dois filhos e decidiu colocar um ponto final na situação. Esta mulher recorreu ao apoio prestado pelo gabinete jurídico a funcionar na cidade invicta e conseguiu refúgio numa habitação reservada a este tipo de casos. Mas também ganhou novas ameaças por parte do marido e vários processos judiciais que teimam em não ser resolvidos.
Esta história serviu para ilustrar o triste cenário que ainda hoje se vive em Portugal, no que diz respeito à violência doméstica e foi tornada pública no passado sábado, 25, na sede da Ordem dos Advogados, na Covilhã. A delegação covilhanense desta ordem vai agora contar com um gabinete jurídico de apoio à vítima, a funcionar na esquadra da PSP. Esta nova estrutura foi inaugurada no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres e surge de um protocolo entre a Ordem dos Advogados e o Governo Civil de Castelo Branco. Para além da Covilhã, também a PSP da cidade albicastrense vai contar com um destes gabinetes.
As vítimas de violência doméstica têm assim acesso gratuito a todo o apoio jurídico. Estes gabinetes funcionam nas instalações da PSP e vão também estar presentes na sede do Governo Civil. Segundo Alzira Serrasqueiro, governadora civil de Castelo Branco, “o problema da violência doméstica está a merecer toda a atenção”. Esta responsável garante que as parcerias com instituições e o apoio às vítimas vão continuar.


A celebração do protocolo teve lugar na secção da Covilhã da Ordem dos Advogados
A celebração do protocolo teve lugar na secção da Covilhã da Ordem dos Advogados


Data de publicação: 2006-11-28 00:05:00
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