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David Duarte diz-se

“Chicken” volta aos tribunais

As questões técnicas dominaram a segunda sessão do processo “Chicken Charles”. A acusação voltou a fundamentar as suas ideias na conta de e-mail presente neste espaço da Internet e ouviu mais testemunhos.

> Eduardo Alves

O suposto autor do blogue “Chicken Charles” falou pela primeira vez aos jornalistas. No final da segunda sessão do julgamento deste processo, David Duarte, 29, designer gráfico, diz estar a servir de “bode expiatório” em todo este “jogo”. O jovem residente na freguesia da Boidobra, começou por explicar aos jornalistas que nunca utilizou o seu computador para a criação do blogue em causa “nem sequer conhecia o teor da acusação até vir ao tribunal”. David Duarte garante que não é o autor do referido blogue.
O Ministério Público acusa David Duarte de ser o detentor de uma conta de correio electrónico registada em “chickencharles@iol.pt”, conta essa presente no blogue que está na base de todo o processo. Segundo a acusação, o IP registado aquando da criação desta conta de correio electrónico estava atribuído ao computador de David Duarte.Confrontado com as acusações, este designer gráfico garante que nada tem a ver com todo este processo e que só perdeu com a situação. Isto porque, um dos principais clientes de David Duarte era precisamente “a Câmara da Covilhã”. O designer diz que nos últimos tempos tem visto muitas autarquias e outras entidades recusarem trabalhos “por causa de toda esta situação”.Quem parece confirmar a inocência de David Duarte são os técnicos de informática chamados a depor pelo advogado de defesa. Um engenheiro informático confirmou “a facilidade com que se pode aceder a um computador de outra pessoa sem que esta tenha conhecimento disso”. Bruno Duarte, estudante de Engenharia Informática na UBI, e uma das testemunhas arroladas pela defesa declarou que “o computador em causa sofreu diversos ataques de software malicioso”. Este jovem confirmou ao tribunal que “por várias vezes” foi chamado por David Duarte a sua casa “para limpar de vírus e outros programas maliciosos que se encontravam na máquina”.As dúvidas da acusação nesta fase do julgamento levaram mesmo a que na próxima sessão sejam esclarecidas mais questões técnicas. A advogada de acusação confrontou o estudante de informática com uma lista de IP’s que serviram para aceder à conta de e-mail “chickencharles@iol.pt”, mas, segundo Bruno Duarte “isso nada prova”.As dúvidas da acusação vão agora ser esclarecidas no próximo dia 13 de Dezembro, data para a qual está marcada a terceira sessão do julgamento e onde deve também ser ouvida a última testemunha de acusação, Carlos Abreu, presidente da Assembleia Municipal da Covilhã.


David Duarte diz-se
David Duarte diz-se "um bode expiatório" no meio de todo este processo


Data de publicação: 2006-11-28 00:08:00
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