Teatro dos Aloés

O Teatro dos Aloés foi fundado em 1996 por Jorge Silva, José Peixoto e Elsa Valentim, actuais directores do grupo. A ideia surgiu quando trabalhavam o texto do autor sul-africano Athol Fugard que falava da amizade, da defesa de ideais de beleza de poesia e de arte e, segundo o autor, era isso que fazia com que o homem fosse mais feliz.
Todos os ideais referidos estão na base da criação deste grupo parq quem “fazer teatro significa contribuir para o esclarecimento e exercício da cidadania, da inovação moral e espiritual, para além do desenvolvimento natural das populações para que trabalhamos”. Apesar disso afirmam não ter a arrogância de propor soluções para problemas sociais ou individuais. Os actores consideram que o teatro serve apenas para uma reflexão colectiva e para partilhar problemas, partindo sempre do pressuposto de que os actores são pessoas iguais a tantas outras, logo as inquietações são idênticas.
O grupo considera que a prática teatral é importante na “estruturação da personalidade, no exercício da democracia e aprendizagem da vivência”. Por isso organizam cursos de iniciação à prática de actor e cursos complementares sobre actores, para além de conferências, debates e exposições não só destinados a quem se quer tornar num bom actor, mas também para o bom espectador. Muitos dos actores que fazem parte deste elenco vêm da companhia da Malaposta e, para além da direcção, fazem parte do grupo Luis Alberto, Mário Jacques, Rui Mendes, Rui Rebelo, Sofia de Portugal, Teresa Gonçalves e Vítor Santos.
Espectáculos como “A vida tem destas coisas”, de 2001 da autoria de Mário de Carvalho, “Em busca dos Lusíadas”, a partir de textos de Luís de Camões de 2005 ou “À procura de Júlio César” de Carlos J. Pessoa, peça deste ano, são trabalhos desta companhia que existe há dez anos.