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“Deficiente é cidadão de corpo inteiro”

Alzira Serrasqueiro, Governadora Civil do distrito de Castelo Branco, diz que o conceito de caridade para com o deficiente deve acabar, pois este é um cidadão como os outros.

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A Governadora Civil, Alzira Serrasqueiro, entregou na passada semana os prémios do concurso A Cor do Natal, em que participaram crianças, jovens e adultos das associações distritais de deficientes, numa cerimónia que decorreu na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental de Castelo Branco (APPACM), com o objectivo de criar design dos Postais de Natal 2006, do Governo Civil.
Alzira Serrasqueiro explicou a origem da iniciativa do concurso, lembrando que o postal de Natal é por norma bastante difundido na época natalícia. A Governadora Civil lembrou que relativamente ao cidadão deficiente, há ainda muito por fazer, apesar do trabalho constante das associações, em prol dos cidadãos com deficiência. “Torna-se importante que a sociedade veja, de forma diferente, as escolas que se dedicam aos deficientes”. Serrasqueiro acrescenta que “a caridade que antes se falava, é um conceito que tem de estar afastado da nossa mentalidade, já que o deficiente é um cidadão de corpo inteiro, a quem temos que dar o máximo possível de acessibilidade, não só física, como também cultural e psíquica”.
A inciativa que foi alargada às nove associações do distrito de Castelo Branco teve a adesão de cinco instituições. “Fiquei deliciada por todos os trabalhos apresentados pelas associações concorrentes, pelo que para além dos prémios que obtiveram, os postais de todas as associações vão ser difundidos junto das entidades”.
O prémio de 1ª e 2ª categoria foi entregue à APPACDM de Castelo Branco, tendo a APD – Núcleo Distrital da Covilhã, recebido o prémio de 3ª categoria.
Foram ainda distinguidos com Menções Honrosas, a APPACDM e a Associação de Apoio à Criança de Castelo Branco.
Nesta cerimónia foi lançado o Programa Escola Alerta 2006/2007, dando assim continuidade ao do ano anterior, que envolveu as escolas básicas e secundárias do distrito, sensibilizando os jovens para as questões da deficiência, mobilizando-os para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas com mobilidade reduzida, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas e de comunicação. “É preciso pôr as escolas a pensar no cidadão deficiente e que possam mobilizar a sociedade civil para uma situação real. Não podemos colmatar este problema, mas é importante ajudar a alterar as mentalidades, para que possamos dar ao cidadão deficiente, todos os direitos que qualquer um de nós tenha”, afirmou a Governadora Civil.



"É preciso que as escolas pensem no cidadão deficiente" afirma Alzira Serrasqueiro


Data de publicação: 2006-11-21 00:00:32
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