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A UBI é a única universidade portuguesa a ministrar formação nesta área

O “papel” da UBI

A Universidade da Beira Interior tem vindo a promover diversos workshop’s e seminários dirigidos aos quadros técnicos da indústria papeleira. Uma das poucas instituições de Ensino Superior a ministrar uma licenciatura nesta área, passa agora também a desempenhar o papel de “formação” contínua de técnicos.

> Eduardo Alves

A indústria papeleira portuguesa é uma das mais importantes no quadro económico nacional. Segundo os números da Associação de Indústria Papeleira (CELPA), o sector da Pasta e do Papel é o quarto ramo exportador líquido na economia nacional. Um sector que aparece logo depois do têxtil, da indústria do couro e da indústria das madeiras.
Foi também a pensar na importância estratégica desta área que a UBI criou a licenciatura em Engenharia do Papel. Contudo, a crise nacional “nas engenharias”, com a falta de novos alunos a integrarem os primeiros anos deste tipo de formações, o curso teve de ser reformulado. Actualmente, a UBI ministra uma licenciatura em Engenharia Química, durante três anos “um primeiro ciclo” que depois oferece uma especialização de dois anos em Engenharia do Papel, “ao nível de segundo ciclo, com grau de mestre”. Uma forma de não se perder todo o conhecimento adquirido e continuar a formar pessoas para “uma das indústria com mais peso em Portugal”, adianta Ana Paula Duarte, uma das docentes do Departamento de Ciência e Tecnologia do Papel e responsável pelos cursos ministrados aos técnicos da indústria papeleira.
Este tipo de cursos que são ministrados apenas na UBI, no que respeita ao território nacional, surgiram “há cerca de três ou quatro anos”, recorda a docente. Desde a criação desta licenciatura na Covilhã que as relações entre os responsáveis pelo departamento e a Associação dos Técnicos da Indústria de Celulose (Tecnicel) “têm sido muito boas”. Ao ponto de docentes como Ana Paula Duarte fazerem parte dos corpos directivos daquela associação. Foi através desses contactos que surgiu a ideia de “realizar um workshop que não era mais do que fazer uma reciclagem de conhecimentos ao nível dos técnicos que trabalham nesta indústria”, explica Ana Paula Duarte. Os “Cursos de Outono” arrancam assim na UBI com várias dezenas de técnicos vindos de diferentes empresas do sector. A docente recorda que esta formação começou por ser feita ao nível das tecnologias de pastas e também nas tecnologias do papel. Estas iniciativas decorriam durante duas semanas. Os primeiros quatro dias de cada semana “eram dedicados a aulas e trabalhos práticos” e o último dia contava sempre “com uma palestra ou um seminário proferido por alguém conhecido na indústria e nesta área”, recorda esta professora. A mesma adianta que este esquema teve de sofrer algumas transformações. Isto porque, “as empresas não podiam ficar uma semana sem os seus técnicos”.
Desta forma, a UBI passou a ser a única universidade portuguesa a promover estas acções. Actualmente decorrem durante três dias e “abordam temas específicos”. Estes cursos de especialização “são pensados para todos os quadros técnicos e superiores da indústria papeleira”. Um papel bastante significativo é assim “desempenhado pela UBI”, garante a docente. Mais de duas dezenas de técnicos oriundos de quase todas as fábricas papeleiras vêm à UBI “para participar nestes cursos”. Há cerca de duas semanas “ministramos aqui um curso de tecnologias de pastas, durante três dias”, e na passada semana “foram dois dias a falar em tecnologias do papel e no final um workshop sobre a formação da folha do papel”, descreve Ana Paula Duarte.
Para além da Universidade transmitir novos conhecimentos “aos técnicos que lidam de perto com o papel e com a produção desta matéria”, a UBI serve também de local para seminários, onde são debatidas e apresentadas investigações e técnicas por parte de nomes reconhecidos no meio. “Esta é uma parte mais prática deste tipo de actividades”, garante Ana Paula Duarte. Em todos os cursos, “temos sempre o cuidado de convidar uma ou duas pessoas que lidam de perto com a produção papeleira para vir falar aos restantes técnicos sobre as suas funções e experiências”.
Outro dos aspectos que também merece destaque, segundo esta docente é a da investigação. Ana Paula Duarte adianta que a UBI é uma “universidade de ponta, com os melhores equipamentos da Europa”. As investigações e as parcerias criadas pelo Departamento de Ciências e Engenharias do Papel abordam diversas áreas da indústria papeleira.


A UBI é a única universidade portuguesa a ministrar formação nesta área
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Data de publicação: 2006-10-31 00:00:55
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