PIDDAC “fraco” para a região

Autarcas e partidos da oposição manifestaram-se já contra as verbas atribuídas pelo Plano de Investimentos e Despesas de Investimentos da Administração Central (PIDDAC) para a região centro.

Depois de conhecidos os números e as verbas a serem atribuídas à região, autarcas e partidos políticos manifestaram já o seu descontentamento perante as verbas atribuídas no PIDDAC. Segundo este plano, o investimento público previsto para o ano de 2007, nos distritos de Castelo Branco e Guarda, foi diminuído em cerca de 15 pontos percentuais. Ao todo, os dois distritos vão receber cerca de 131 milhões de euros para as empreitadas do próximo ano. Castelo Branco é o distrito, na região centro, que mais perde.
Este plano caracteriza-se também por destinar grande parte das verbas à conclusão de obras, sendo poucas as novas iniciativas. A Universidade da Beira Interior recebe dois milhões de euros, verba ainda destinada à Faculdade de Medicina. O quartel da PSP da Covilhã conta com uma verba de 400 mil euros. No que diz respeito a Castelo Branco, as maiores verbas, cerca de dez milhões de euros, vão para a construção do Campus da Talagueira e do quartel da GNR. Mais a Norte, o Museu do Côa representa o maior investimento público na região da Guarda.
Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã mostrou-se já contra este plano que “mais uma vez deixa de fora a construção do IC6”. A ligação a Coimbra, em perfil de auto-estrada, é a maior falta assinalada pelo edil serrano.
Já Amândio Melo, presidente da Câmara Municipal de Belmonte destaca a falta de verbas para a construção dos acessos à A23. Segundo este autarca, o Museu dos Descobrimentos, que não vem contemplado em PIDDAC, “vai avançar na mesma”. Os responsáveis pela autarquia do Fundão também já demonstraram o seu descontentamento por aquilo que dizem ser “a falta de um orçamento para a região”. O mesmo foi seguido pelas comissões políticas distritais dos partidos da oposição.