Voltar à Página Principal
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: António Fidalgo Directores-adjuntos: Anabela Gradim e João Canavilhas
 
> <strong>José Geraldes</strong><br />

Boas notícias e um aniversário trágico

> José Geraldes

1. O início de Setembro trouxe boas notícias para a economia portuguesa. As exportações aumentaram e um novo impulso parece dar um novo fôlego à vida económica. E a tal ponto que a OCDE reviu em alta as suas previsões.
Mas cuidado em embandeirarem em arco. As questões económicos muitas vezes e até ao contrário dos pareceres de grandes especialistas, não seguem a lógica esperada. É verdade que a economia portuguesa está mais sólida mas daí a sentir as melhorias nas nossas bolsas, ainda vai um grande passo.
A palavra de ordem é aplicarmo-nos ao trabalho, aumentar a produtividade, diminuir as baixas fraudulentas que continuam a ser um cancro e não pensar como os “Velhos do Restelo”.
Mas não nos convençamos de todo que a crise já lá vai. É verdade que vendo o número de portugueses nas praias e em férias no estrangeiro, dir-se-ia que o País não atravessa uma crise económica. Mas são as nossas contradições.
Com a recuperação da Europa, podemos esperar com fundamento que novos tempos se avizinham e assim estamos mais optimistas.
Há pormenores que não podem ser esquecidos. As taxas de juro estão a subir. O dinheiro fica mais caro. O pagamento da casa encolhe o dinheiro para outras despesas, pois a maioria dos salários não subiu.
O que não pode continuar é o endividamento das famílias, pois seria seguir um caminho desastroso.
Haja optimismo para que apareçam empresários jovens dispostos a criarem novas empresas e dar assim oportunidades de trabalho a tantos licenciados no desemprego.

2. Outra boa notícia no regresso das férias foi a assinatura do Pacto de Justiça entre o Partido Socialista e o partido Social Democrata. Negociado em segredo, sob a égide do Presidente da égide do Presidente da República, Cavaco Silva, é de saudar esta iniciativa entre o partido do Governo e a oposição. Aliás, o Pacto de Justiça vinha sendo reclamado pela própria sociedade civil, há muito tempo. Os dois partidos só se dignificaram ao assiná-lo.
Portugal estava a caminhar para um abismo com o estado em que se encontrava a Justiça. O País não podia progredir com tal estado. Uma justiça bem organizada leva a que os conflitos sejam resolvidos a tempo e se promovam a seguir iniciativa de desenvolvimento.
Os atrasos na justiça custam fortunas ao estado, fortunas que saem dos nossos impostos.
Ora assim uma sociedade fica votada ao marasmo e à inércia.
PS e PSD mostraram serem partidos responsáveis na resolução dos problemas dos portugueses. E ambos subiram na consideração de todos nós.
Sócrates mostrou visão política, Marques Mendes afirmou-se como estadista e o País ganha novo caminho na Justiça.
Sócrates merece uma menção especial pela forma como aceitou este Pacto, tendo um Governo de maioria absoluta.
Os governos existem não para servirem clientelas partidários mas os interesses do país. E os cidadãos que os elegeram.
Os partidos sendo emanação da sociedade devem resolver os seus problemas. Foi o que agora aconteceu. E outras áreas – assim o esperamos – podem ser contempladas sem cada partido abdicar da sua ideologia e do seus objectivos específicos.
3. Passaram cinco anos sobre o 11 de Setembro. O ataque às Torres Gémeas em 2001 mudou o rumo do mundo. Hoje estamos menos seguros do que antes deste atentado execrável.
Diz-se que o mundo está perigoso. Mas tudo se deve à espiral de ódio que grassa entre os homens. E é um facto que o medo hoje está por todo o lado. E quem perde é a liberdade.
O terrorismo tornou-se uma força dominadora que urge combater com todo o empenho e força. E nunca nenhum país deve ceder ao terrorismo que quer impor as suas leis. Por isso, não devemos ter medo do medo.
O problema do Médio Oriente tem muito a ver com o ataque às Torres Gémeas. E a resposta da América no combate do terrorismo com a guerra do Iraque não foi o melhor caminho.
Tudo deve ser feito para que o terrorismo seja eliminado. Para não vivermos sob esta espada de Dâmodes que não serve o bem-estar social nem a vida humana se nem o progresso dos povos.

4. É possível que jovens de seis anos podem constituir uma associação de estudantes? Não duvidemos. Em Portugal é possível.
Veja-se a lei nº23/2006, de 23 de junho. Esta lei foi aprovada na Assembleia da República em 20 de Abril e promulgada pelo Presidente da República, a 7 de junho último.
Este grupo de jovens de seis têm o direito  ao apoio formativo e técnico e financeiro por parte do Estado. E até tempos de antena de rádio e televisão.
Associação de jovens de seis anos? Os deputados pensaram bem? E os serviços da Presidência da República andam decerto distraídos. Não dá para acreditar.

> ireneviana @ aeiou . pt em 2006-09-25 19:14:51
Leio habitualmente o Jornal Urbi et Orbi. Gosto do seu conteúdo académico e da forma como todos se empenham no sucesso dos ALUNOS e da UBI.É um bem para a região e para o país. No entanto a coluna Opinião atrai-me imenso, nomeadamente José Geraldes, com os seus artigos de opinião. Há já algum tempo que os leio. De variados temas, sociais, espirituais,académicos, políticos,... todos eles de fácil leitura e compreensão, mas grandes nas mensagens e nos conteúdos. Depois da sua leitura sinto-me bem, entram em mim como de uma luz se tratasse, este de que alunos de 6 anos podem formar uma associação profissional faz-me rir bastante! Os meus cumprimentos José Geraldes, parabéns pela palavra/escrita.

> danielagasp @ gmail . com em 2006-10-03 12:52:24
Não consigo deixar de comentar a sua visão acerca do terceiro ponto acerca do terrorismo. obviamente o terrorismo é uma realidade assustadora que pode apanhar qualquer pessooa desprevenida(nas aulas, a dormir, a trabalhar, a viajar...), enfim, numa situação quotidiana. Mas o que de facto me icomoda mais "preocupadamente", (não desvalorizando o valor da vida), é o terrorismo secreto, aquele de que toda a gente suspeita e ninguém sabe como provar ou mexer os mecânismos para trazer á luz a verdade... o 11 de Setembro. uma catástrofe sem dúvida. Mas, porque é que a torre gémea caiu "por impulsão" , quando a física demonstraria apenas o balanceamento e queda dos pisos acima do embate? porque é que foram encontrados destroços de aviões (que não eram do avião sequestrado) no Pentágono? o Porque da forma do embate ser a de um míssel? e por coincidencia o superior do mesmo estar na parte oposta do edifício? que espécie de manobra anda se esconde por aqui? ...não sei, se calhar os livros do Dan Brown estão-me a influenciar a imaginação, mas a brincar a brincar...


Data de publicação: 2006-09-19 11:31:41
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior