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Presidente da Adega da Covilhã nega demissão

Embora esse cenário não esteja afastado, Bidarra Andrade diz que a preocupação da direcção passa por “continuar a resolver os problemas”. Mas não adianta que alternativas tem em mente para a resolução dos problemas financeiros da instituição

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“A direcção está a estudar o sinal dado pelos sócios na Assembleia Geral. A demissão é ainda uma possibilidade, mas a nossa preocupação não é essa, é continuar a resolver os problemas. Ninguém se demitiu”, frisou António Bidarra Andrade, presidente da Adega Cooperativa da Covilhã, um dia após a reunião de direcção que decorreu na passada quinta-feira, 7, com vista a analisar as medidas a tomar após a última reunião magna da instituição.
Pela segunda vez, no dia 4, os sócios, numa Assembleia Geral extraordinária, chumbaram a proposta da administração para transformar a dívida aos associados em capital social. O que desagradou a António Bidarra Andrade, que ameaçou com a provável demissão.
No entanto, apesar de notícias vindas a público que davam conta de uma demissão em bloco da direcção, o responsável pela Adega da Covilhã garante que não houve qualquer demissão. E embora esse cenário não esteja totalmente afastado, salienta que a equipa que lidera vai procurar alternativas à proposta chumbada.
“Continuamos empenhados em defender os interesses dos sócios e estamos a ponderar as variáveis de acordo com o que foi decidido na Assembleia Geral”, frisa. Sendo que a continuidade do núcleo directivo, em funções desde Março, terá de implicar “uma ligeira alteração na rota para dar cumprimento ao que a Assembleia Geral decidiu”, porque “não queremos ir contra ninguém, muito menos contra os sócios”.
Dívidas à banca e aos sócios
Estas declarações surgem quatro dias depois de o presidente da adega ter dito que tudo indicava que “a acção mais correcta e lógica passe pela demissão” e que havia “99,9 por cento de certeza” de que seria esse o caminho a seguir.
A instituição tem 879 associados, que ainda não receberam o valor correspondente à uva entregue nas campanhas de 2004 e 2005. De resto, eram os 455 mil euros relativos a 2004 que os responsáveis da cooperativa propunham que fossem transformados em capital social. Uma solução com vista a “dar maior credibilidade à instituição junto da banca e outras entidades”, até para a realização de negócios internacionais.
A dívida para com a banca é de cerca de um milhão e 700 mil euros. Aos sócios a adega está em falta com um valor que ronda um milhão de euros. No que toca à campanha do ano passado 516 mil euros e à volta de 500 mil euros pelas uvas entregues na cooperativa em 2004.






Data de publicação: 2006-09-19 00:00:58
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