Estudantes do Politécnico com bolsas em atraso

O valor em dívida ronda os 100 mil euros. O IPG reconhece que existem atrasos e culpa o ministério das Finanças pelo sucedido

Se o Instituto Politécnico da Guarda não pagar até ao início do próximo ano lectivo as bolsas em dívida aos estudantes, um valor que ronda os 100 mil euros, a Associação Académica da Guarda ameaça dificultar o arranque das aulas.
O recado foi deixado na última semana pelo presidente do organismo estudantil, Sérgio Pinto, que lamenta verificarem-se novos atrasos nos pagamentos, como já tinha acontecido o ano passado.
Segundo o dirigente estudantil são 866 os alunos afectados por este atraso, que se arrasta há dois meses. Uma situação que, frisa, está a prejudicar alguns estudantes, e em alguns casos se reflecte nas notas.
Os estudantes mais carenciados, adianta Sérgio Pinto, estão a ser apoiados pela Acção Social do Instituto Politécnico da Guarda. Já a Associação Académica, pondera interpor uma acção judicial, embora ainda não saibam ainda contra quem.
Em comunicado, a Administração dos Serviços de Acção Social do IPG diz que os alunos bolseiros estão a ser afectados pelo atraso na “disponibilização das verbas inerentes por parte do Ministério das Finanças” e que tudo tem sido feito para que a situação se resolva rapidamente. Porém, por parta do ministério da tutela “não houve, até à presente data, qualquer manifestação de disponibilidade para resolver o problema” fria a Administração dos SAS.