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Várias investigações na área da Saúde são realizadas no CICS

UBI investiga novas práticas médicas

Luíza Granadeiro, docente na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) lidera um projecto sobre a terapia hormonal de substituição.

> Eduardo Alves

Uma das investigações que está a decorrer no CICS diz respeito à aplicação da terapia hormonal de substituição. Luíza Granadeiro, docente na FCS, é a responsável por este estudo que pretende analisar um vasto número de mulheres na menopausa.
Esta investigadora explica que o procedimento médico usual para as mulheres que entram na menopausa “pode passar pela administração de hormonas femininas”, uma vez que o organismo, nesta etapa não produz as quantidades suficientes desta substância.
Contudo, desde que esta prática começou a ser aplicada que a classe médica tem estado dividida. Se há profissionais de saúde que defendem a aplicação da hormona de substituição outros há que defendem o contrário “porque dizem ser uma das causas do cancro da mama e do cancro do colo do útero”, explica a responsável pelo estudo. Luíza Granadeiro é licenciada em Ciências Farmacêuticas, e começou por ser docente na Faculdade de Medicina do Hospital de Santa Maria. Nesta instituição iniciou o estudo na área da fármaco-genética, “onde se estuda a variabilidade que existe entre os indivíduos na resposta aos fármacos”. Esta docente, coordenadora do primeiro e do segundo ano de Medicina da FCS, com a vinda para a UBI e também para o CICS, começou uma nova fase nos seus trabalhos. O projecto que foi desenvolvido na Covilhã e que contou com a participação de Ana Cristina Ramalhinho, de Bioquímica, Margarida Xavier, médica dentista, Marisa Barbeira, analista química, Luísa Capitão, de Bioquímica e os médicos do CHCB João Gomes e José Moutinho, “visa saber, para cada mulher, qual a concentração óptima de hormonas que ela deveria tomar”.
Com uma amostra do tecido da mulher que está em estudo, é feita uma cultura de tecidos “que não é mais do que um conjunto de células que contêm as características genéticas”. A essas amostras são adicionadas concentrações crescentes da hormona e depois verifica-se qual a concentração que está associada à morte celular ou à proliferação indiscriminada. Com esses resultados sabe-se qual a compensação hormonal que deve ser dada a cada mulher em particular.
Segundo Luíza Granadeiro, “a substituição hormonal deve ser feita, mas esta deve obedecer a cada caso”. A docente das cadeiras de Genética, Farmacologia e Sistema Nervoso, nos curso de Medicina e Bioquímica da UBI, explica que os resultados visam uma aplicação terapêutica prática após publicação em revistas científicas.
No futuro, as mulheres fariam uma biopsia e com a amostra recolhida e analisada “nós poderemos definir a dose ideal que deve ser ministrada a essa mulher”, sublinha a investigadora. No futuro, o este processo vai permitir que se encontre uma escala capaz de estabelecer valores para todos os casos.
A responsável refere que estes estudos têm vindo a desenvolver-se em quase todo o mundo, uma vez que tratam de uma problemática muito relacionada com as mulheres. Cada país tem características muito próprias como é o caso do Japão. A própria região da Beira Interior tem características específicas que podem dar continuidade a esta investigação.


Várias investigações na área da Saúde são realizadas no CICS
Várias investigações na área da Saúde são realizadas no CICS


Data de publicação: 2006-06-20 00:00:30
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