Maria Francisca Rebocho, investigadora da Universidade Fernando Pessoa, centrou a sua tese de doutoramento  no apuramento de perfis dos abusadores sexuais e violadores. A investigadora teve como base para o seu trabalho o VICAP (Crime Analysis Report do F.B.I.) e concluiu que existe um maior número de abusadores sexuais, que no seu modo de atuação usam pouca força física, sendo o tipo de contato o toque e a penetração. No caso dos violadores existem diferenças muito claras: a aplicação da força extrema e o uso de armas são duas marcas do modo de atuação, em que existe ainda penetração.

O simpósio contou ainda com a participação de Susana Tavares, médica legista na cidade de Coimbra, que fez uma apresentação sobre método de trabalho realizado em casos de suspeita de abusos sexuais.

O destaque foi dado a Luís Maia, professor da Universidade da Beira Interior e aos alunos, Filipa Carrola e  Pedro Pombo, que em conjunto produziram uma nova tese sobre “Abusadores Sexuais de Crianças: Vigiar e Punir, ou tratar?” Pedro Pombo, que não esteve presente no simpósio, desenvolveu um estudo com os reclusos da Guarda, estudo este realizado pela primeira vez em Portugal visto que os reclusos foram autorizados a sair para realizar um conjunto de teses. Já Filipa Carrola desenvolveu a sua tese de mestrado com o objetivo de traçar o perfil e personalidade de abusadores sexuais de menores. Este estudo reparte-se me três premissas, vigiar, punir ou tratar.   

Com um discurso apelativo e enfático, Luís Maia destacou as falhas existentes no Código Penal. Durante a sua apresentação mostrou uma imagem “chocante” para ilustrar a razão das suas críticas.

O simpósio terminou com usa sessão de perguntas aos oradores.