O conceito de tecido está a mudar, transformação acompanhada pelo vestuário. Actualmente os materiais, as tecnologias e as formas de confecção fazem com que se criem roupas mais confortáveis, mas cuja utilização vai para além da necessidade de vestir.
A Unidade de Materiais Têxteis e Papeleiros tem vindo a desenvolver diversos projectos, como é o caso da t-shirt inteligente, mas também outros protótipos ligados à saúde, capaz de servir de apoio ao seu utilizador. Nesta unidade, estudam-se também diversas aplicações de matérias têxteis e papeleiras quer à preservação do ambiente, quer a diversos campos comerciais.
Manuel Santos Silva, responsável por esta unidade de I&D lembra que “os têxteis de hoje deixaram de ser apenas de vestuário e têxteis-lar e passaram a crescer para os têxteis técnicos. Esta componente exige investigação de ponta e tem estado num crescimento contínuo. Hoje, os têxteis têm de se revelar confortáveis e eficientes. Os têxteis estão muito para além do conceito que tínhamos de vestuário”. Para este investigador “as empresas têxteis que têm sobrevivido à crise, têm-no feito com base na inovação, o que quer dizer que têm uma investigação muito forte”. Santos Silva vai mais longe e sublinha mesmo que “o futuro dos têxteis na Europa está nesse aspecto. Estamos a monitorizar a instalação de empresas, por exemplo da China, que se instalam na Europa, à procura da inovação e da tecnologia que aqui conseguimos. Em Portugal há empresas competitivas e que o serão cada vez mais, porque têm por base esta investigação”.

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