A Covilhã tem vindo a trabalhar com o objectivo de divulgar as mais valias da cidade aos turistas. Neste sentido, o acordo assinado entre taxistas e Câmara Municipal durante o passado mês de Janeiro é uma demonstração da ambição da autarquia no que concerne ao desenvolvimento turístico. Os táxis com a inscrição “Covilhã, cidade cinco estrelas” nas portas, são fáceis de identificar pelos turistas.
Além da divulgação dos principais pontos atractivos da cidade, como a gastronomia ou os monumentos covilhanenses, há ainda a responsabilidade de comunicar possíveis anomalias que ocorram na via pública ou em qualquer outra área comum covilhanense.
Todos os motoristas de táxi tiveram conhecimento acerca dos contactos para onde deveriam ligar em cada circunstância. Deste modo, para qualquer área onde possuam dúvidas, os motoristas de táxi têm ao seu dispôr os contactos da Região de Turismo local. Em relação às anomalias que possam existir pela cidade, a linha de contacto estende-se ao Departamento Municipal de Obras.
Henrique Passos, taxista covilhanense aprecia a iniciativa e acredita que esta possa vir a dar frutos, no entanto afirma que “mesmo quando as anomalias são dadas a conhecer às autoridades competentes, não são reparadas com a brevidade de que gostariamos”. Esta situação «pode vir a prejudicar a imagem dos trabalhadores deste ramo» e “as pressões acabam por cair sobre os taxistas”, explicou.
Este taxista acredita que “os transportes são a imagem de uma cidade”, dado que a primeira impressão da cidade é dada pelos taxistas. O grande conhecimento que estes profissionais têm acerca do concelho pode-se tornar num excelente cartão de visita para os turistas, apesar da “cidade não ter um grande número de monumentos históricos“. A linguagem gestual é a forma de ultrapassar as barreiras linguísticas com que estes profissionais se deparam.
Em contrapartida pelo trabalho desenvolvido, o Município da Covilhã atribuiu aos motoristas de táxis uma comparticipação anual que resultou de um acordo entre as duas partes interessadas. Os taxistas afirmam que este valor é “aceitável para ambas as partes”, sendo que «é a própria cidade quem mais beneficiará com este protocolo».