No âmbito das Jornadas de Webjornalismo, realizou-se no dia 4 de Março, pelas 10.15 horas no Anfiteatro da Parada um conjunto de conferências sobre os “15 anos do jornalismo na Web”.
Esta sessão de conferências iniciou-se com uma breve apresentação do Presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI, Joaquim Paulo Serra, que destacou a importância dos investigadores e a participação dos alunos nestas actividades afirmando “cada vez que morre um velho, perde-se uma biblioteca e participar nestas iniciativas é o mesmo que passar dias e dias numa biblioteca”.
“Breve retrospectiva sobre os primeiros quinze anos de Ciberjornalismo em Portugal” foi o primeiro tema apresentado pelo professor da Universidade do Porto, Hélder Bastos, que através do seu estudo sobre os meios de comunicação generalista distinguiu três fases específicas do Webjornalismo em Portugal. Bastos afirmou que “esta evolução não foi uniforme, havendo climas de desconfiança e investimentos que não foram substanciais”.
A segunda intervenção coube ao docente da Universidade do Minho, Joaquim Fidalgo cujo tema central foi “Jornalismo: novos media, novos actores… nova ética?” expondo as grandes mudanças da carreira jornalística. Joaquim Fidalgo considerou que “os jornalistas e os meios tradicionais perderam o monopólio da informação e o Jornalismo precisa de pessoas extremamente preparadas”. Demonstrando ainda, na sua apresentação, a importância dos diferentes níveis práticos do Jornalismo.
A última apresentação desta primeira mesa pertenceu ao professor e investigador da Universidade da Beira Interior, João Canavilhas, que abordou o “Jornalismo na Web em Portugal: Passado, Presente e Futuro”. O docente da UBI destacou no seu estudo o caso português, referindo que existem três importantes fases da evolução do Jornalismo (Jornalismo Online, Jornalismo Digital e Webjornalismo) e as possíveis previsões relativas aos conteúdos, a organização e os modelos económicos emergentes.
A questão sobre a reformatação dos jornalistas foi o tema que encerrou esta primeira mesa, sendo que, cada um dos oradores apresentou a sua opinião. Hélder Bastos diz que “há um desnível nos cursos” e que “ a maioria das instituições não corresponde à realidade”. No seu ponto de vista, o professor da Universidade do Minho, afirmou que “ o papel das instituições não é criar robôs, os próprios professores tem de fazer a sua própria aprendizagem”. Por último, João Canavilhas colocando “a modéstia de lado” referiu “ considero que formamos bem os nossos alunos (UBI) para esta realidade e preocupamo-nos para ter equilíbrio”.
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