O director do Labcom começou a sua exposição abordando a temática do jornalismo nas redes móveis, nomeadamente nos telemóveis, defendendo que “os dispositivos móveis estão a mudar drasticamente a maneira como as pessoas acedem às notícias”. Explicou que as pessoas actualmente têm mais acesso ao «celular», uma vez que, em média 2/3 da população mundial tem «telemóvel». ”Hoje em dia, todas as pessoas têm telemóvel e se não têm provavelmente vão ter”, defendeu.
O telemóvel tem vindo assumir um papel de extrema importância na vida das pessoas, pois existem 4.6 mil milhões de telemóveis no mundo: “Já se venderam mais telemóveis com câmara fotográfica do que máquinas fotográficas ao longo de toda a história”reforçou o docente.
António Fidalgo abordou ainda sucintamente, e de modo mais específico, o caso das regiões em desenvolvimento, como alguns países de África onde não existe água canalizada nem luz a percorrer todo o território, mas cerca de 40% da população tem telemóvel.
Toda esta alteração reforçou a ideia de que a população mundial tem um maior acesso a «cellphones» do que à internet. O docente reforçou ainda a questão da diferença entre o que é notícia, efectivamente importante, e o rumor. A notícia importante “ chega mais rápido no telemóvel do que na televisão”, e é tanto mais importante quanto o seu grau de imprevisibilidade. Fidalgo defendeu ainda a função do jornalista neste cenário: “O seu papel é colocar a notícia acessível a toda a gente”, explicando que isso “não significa estar mais informado”.
Por último, debateu-se a ideia de “concepção individual de notícias”, preconizando o “jornalismo portátil, personalizável e participativo”. O facto de o telemóvel se encontrar «sempre ligado permite a recepção de notícias através de mensagens e chamadas, não sendo necessário procurar informação, ela vem ter connosco», garantiu.

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