A investigação e implementação de ambientes de programação e interfaces físicas de baixo custo para a criação de instalações interactivas multiuser é um dos objectivos do projecto. Águeda Simó, professora da UBI que acompanhou a parte de criação e concepção do projecto, explica que no desenvolvimento da instalação se utiliza “um ambiente de programação visual livre (Pure Data) que permite o processamento de dados multimédia em tempo real, conjuntamente com uma placa de controlo (Arduino) que permite a comunicação entre o físico e o digital e diversos tipos de sensores”.
Sílvia Ferreira frisa que a importância deste evento não é meramente tecnológica: “Aqui não se procura só interacção pela interacção, não se trata apenas de um desafio tecnológico. Uma vez que não há aqui uma história linear em que se procura descobrir um princípio, um meio e um fim, as pessoas têm a oportunidade de abrir a sua percepção, a sua capacidade de olhar para o mundo e fazer as suas próprias associações”.
Wilson Pinto, estudante do 1ª ano de Mestrado Multimédia na UBI e participante no desenvolvimento da instalação considera-a uma experiência enriquecedora. “Tivemos a oportunidade, num semestre, de fazer parte de um projecto profissional mais sério e com uma equipa com várias ideias e perspectivas que se juntaram”.
Corpo Memória Desperdício está aberta ao público todos os dias das 21h30 às 23h30 (excepto Domingos e Segundas- feiras) e pode ser visitada até dia 11 de Março. O bilhete tem um custo de 1 euro para estudantes e 2 euros para as restantes pessoas.
     
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